2012-10-17 10:12:21

Ministro moçambicano dos Neg. Estrang. expõe "diplomacia económica"


Ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi encontrou em Roma terça-feira o homológo italiano. A Itália anunciou aumento de investimentos em Moçambique RealAudioMP3

“Estamos na era da diplomacia económica”. Assim define o Ministro Oldemir Baloi a ofensiva do governo moçambicano por meio de suas embaixadas para atrair novos investimentos ao país. Somente com a Itália, os investimentos chegam a 300 milhões de Euros, cerca de 100 milhões da iniciativa privada italiana que atua principalmente no setor dos recursos hídricos, gás, minerais, energias renováveis, agricultura e turismo.

“As nossas embaixadas receberam instruções claras que, para além das relações políticas e de amizade, entrassem fortemente no caminho econômico. Por isso, em algumas embaixadas, temos representantes de setores específicos seja da atração de investimentos, do turismo ou do comércio. Então, viramos claramente de foco”.

Contudo, essa ofensiva se defronta com crise na Europa. Os tradicionais países doadores reduziram as verbas destinadas ao apoio ao desenvolvimento de Moçambique, e Baloi sabe que isso é fundamental. “Para isso contamos com o apoio de muitos países amigos, Itália inclusive, mas também (queremos) devolver o papel ativo ao setor privado nacional - investimento interno e externo. Portanto, tudo isso resulta de uma mudança graças à paz que se estabeleceu”.

Paz que volta a ser celebrada em Roma nesta quarta-feira, quando um encontro na sede da diplomacia italiana vai discutir como os exemplos do Acordo Geral de Paz de Moçambique podem ser utilizados hoje para resolver crises em toda a África. Sobre Moçambique, o Ministro Baloi enumera as prioridades.

“Nós temos necessidades de toda a ordem. Temos necessidade no domínio social, no domínio econômico, e nesse sentido eu costumo utilizar uma expressão muito simples. Primeira prioridade: educação. Somente com o capital humano podemos nos desenvolver. E o conceito de capital humano quando falamos de educação estamos falando também de saúde, de sanidade e de ambiente. Segunda ponto: infraestruturas. Terceiro: produção alimentar aliada à exportação, ao consumo interno. O resultado tem sido bom. Agora não só aparecem pequenas empresas em Moçambique como também grandes empresas porque o governo tem, frequentemente, aumentado a sua capacidade de compreender os fenomenos, de planear, de estabelecer estratégias e com estas estratégias a qualidade dos resultados é proporcional aos esforços. Temos muito ainda a fazer mas estamos satisfeitos”.








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