2012-10-16 11:39:15

Leigos e família, promotores da nova evangelização: intervenções no Sínodo


Formar adequadamente os leigos, apoiar a família, promover o diálogo ecuménico e inter-religioso: estes os instrumentos da nova evangelização, colocados em evidência na manhã de ontem 15 de Outubro pelos bispos sinodais, que começaram por exprimir preocupção pelos desenvolvimentos da situação social e política no Mali, onde as escaramuças entre rebeldes e governo provisório continuam a ameaçar a vida de todos. Os bispos pedem a paz que traga condições para o diálogo e para um caminho de evangelização do povo maliano.

Também os acontecimentos políticos e económicos da Europa preocupam os bispos siinodais que, juntamente com o fenómeno da globalização, criaram novas formas de sofrimento. Uma Europa onde se encontra um clima cada vez mais hostil em relação aos cristãos. Deus, se não é negado, é desconhecido. É, portanto, fundamental que a Igreja não se afaste da sociedade, caso contrário a evangelização não terá frutos. Para tal elemento essencial, segundo os bispos, são os leigos, que deverão constituir redes de contacto e de presença cristã na sociedade. Há que ativar estruturas de apoio aos leigos, eventualmente até a realização de sínodos locais em que estes tenham parte ativa.

Outro grande desafio é a família, Igreja Doméstica. A Assembleia Sinodal aponta a família como o problema número um da sociedade. Uma sociedade onde, por vezes, parece mais importante a fidelidade ao "clube do coração" do que à própria família. Está em causa a estabilidade e equilíbrio da própria sociedade. Os bispos propõem que a família seja colocada no centro do debate político, económico e cultural. E colocam a questão: Não será hoje a própria Igreja mais uma instituição do que uma família?

Finalmente, as questõed sempre na ordem do dia, como o diálogo inter-religioso, onde existe uma real dificuldade de diálogo com o Islão: por exemplo no Paquistão, onde está em vigor uma lei sobre a blasfémia, ou no Médio Oriente onde os cristãos são cada vez menos. O Sínodo aposta no trabalho com os jovens muçulmanos que encontram no Evangelho alegria, liberdade e amor.

Também de ecumenismo se falou no dia de ontem, tendo surgido a ideia de uma estratégia pastoral acordada entre católicos e ortodoxos para defesa da identidade cristã na Europa e no Mundo, favorecendo o diálogo e a relação entre os cristãos.







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