Celebrar o Concílio no signo da Fé: Redescobrir a alegria de crer
CIDADE DO Vaticano
(RV) - Nesta quinta-feira, quando toda a Igreja comemorava de coração agradecido
os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, o Sumo Pontífice celebrava, na Praça
São Pedro a Eucaristia de abertura para do Ano da Fé. Foi o modo como o Papa Bento
XVI, consciente da atualidade das necessidades que provocaram a convocação do Concílio
pelo Papa João XXIII, quis comemorar esse jubileu. Em sua homilia assim se expressou
o Papa:
“Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização,
não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do
que há 50 anos”! E continua o Pontífice: “Nos últimos decênios tem-se visto o avanço
de uma ‘desertificação’ espiritual. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente
a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria
de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres”. Portanto celebrar o
Concílio Vaticano II é buscar em suas raízes o que se pretendia – a atualização da
fé cristã para o homem contemporâneo, conforme desejaram os papas João XXIII e Paulo
VI - e trabalhar pela nova evangelização, como hoje nos propõe Bento XVI, após o grande
impulso dado por João Paulo II nessa direção.
Olhando para a Igreja Latino-Americana
e Caribenha, vemos que fomos abençoados com as assembléias da Conferência Episcopal
Latino-Americana que desenvolveram as idéias conciliares em nosso subcontinente e
nos mantiveram em terreno sempre fértil. Mesmo assim, a última assembléia, a de Aparecida,
sentindo a debilidade de nossa prática religiosa, criou a Missão Continental, com
o objetivo de aquecer nossa fé, nosso ardor apostólico.
Finalmente, não poderemos
deixar de citar e agradecer a Bento XVI outro presente dado a toda a Igreja: a Indulgência
Plenária que pode ser usufruída durante este Ano da Fé. Uma das propostas do Santo
Padre, além dos requisitos ordinários para que se alcance uma indulgência plenária,
é visitar o local onde se encontra a pia batismal em que a pessoa foi batizada e ali
professar o Credo.
Nada mais do que a volta às origens, a volta ao espaço físico
onde nascemos para a fé, onde nos tornamos cristãos. (CAS)