Início do Sínodo: trabalhar com otimismo e entuasiasmo
Cidade do Vaticano (RV) – Primeiro dia de trabalho dos Padres Sinodais reunidos
no Vaticano para o Sínodo sobre a Nova Evangelização. O Papa Bento XVI esteve presente
esta manhã na sala sinodal, onde se realizou a primeira Congregação Geral.
A
Congregação teve início com a saudação dos presidentes-delegados e a introdução do
Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic.
Para Dom Eterovic, um dos
desafios para a Nova Evangelização é o individualismo. “A nossa cultura exalta o indivíduo
e minimiza a relação necessária entre as pessoas. Exaltando a liberdade individual
e a autonomia, é fácil perder de vista a nossa dependência dos outros e a responsabilidade
diante do outro.”
A Nova Evangelização não é um programa, disse Dom Eterovic.
Trata-se de um modo de pensar, de ver e de agir. “É como uma lente através da qual
vemos as oportunidade de proclamar novamente o Evangelho. É também um sinal de que
o Espírito Santo continua a trabalhar ativamente na Igreja.”
Para o Secretário-Geral
do Sínodo, no centro da Nova Evangelização está a renovada proposta do encontro com
o Senhor Ressuscitado, o seu Evangelho e a sua Igreja àqueles que não acham mais atraente
a mensagem da Igreja.
“Agora que começamos o nosso trabalho, temos todas as
razões para fazê-lo com otimismo e entusiasmo, porque as sementes da Nova Evangelização,
semeadas no decorrer dos pontificados de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, estão
iniciando a germinar. Nossa tarefa é encontrar o modo para cultivá-las, encorajá-las
e acelerar seu crescimento.”
Como nasceu o Sínodo dos Bispos? Pode-se dizer
que é fruto do Concílio Vaticano II, pois durante sua realização amadureceu o desejo
dos Padres Conciliares de manter vivo o autêntico espírito de colegialidade, para
que o Papa pudesse exercitar de maneira mais evidente e mais eficaz a sua união com
os Bispos.
Com esta finalidade, o Papa Paulo VI, com o “Motu proprio” Apostolica
sollicitudo de 15 de setembro de 1965, instituiu o Sínodo dos Bispos para toda a Igreja.
Com
bispos escolhidos de várias partes do mundo, ao Sínodo cabe a tarefa de dar informações
e conselhos. Pode ser deliberativo, caso seja esta a vontade do Pontífice. As finalidades
gerais do Sínodo dos Bispos são: favorecer uma estreita união e colaboração entre
o Papa e os bispos de todo o mundo; reunir informações diretas e exatas acerca dos
problemas e das situações da vida interna da Igreja, e ação que esta deve conduzir
no mundo atual; e tornar mais fácil o consenso sobre os pontos essenciais da Doutrina
e sobre o modo de agir na vida da Igreja.
O Sínodo sobre a Nova Evangelização
prossegue esta tarde com a segunda Congregação Geral, na presença de Bento XVI. (BF)