É à assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização que Padre F.Lombardi,
dedica o Editorial desta semana: Mais uma vez bispos
de todo o mundo são convocados pelo Papa a Roma para um Sínodo. Sínodo, ou seja, "fazer
caminho juntos". Para escutar o que é que o Espírito do Senhor sugere e indica para
continuar o caminho da Igreja na justa direção. A um Sínodo não se vem apenas para
falar, mas pelo menos também para escutar. Escutar juntos a Palavra de Deus, mas também
escutar as vozes e as experiências dos outros bispos dispersos pelo mundo. Interceptar
as diversas linguagens para conseguir continuar a enterderem-se, não obstante as imensas
diversidades de situação ou de cultura, e assim encontrar sobre as coisas essenciais
uma linguagem comum, que fale à universalidade da Igreja, à sua catolicidade, que
quer dizer precisamente universalidade. A escuta humilde e atenta do outro faz,
assim, parte do meter-se na escola do Espírito Santo. Se isso aconteceu em medida
excepcional no Concílio Vaticano II, pode e deve acontecer em menor medida, mas que
aconteca na realidade neste Sínodo, por forma a que o próprio Sínodo represente um
tempo de colegialidade entre os bispos, junto do Papa e em solicitude para com a missão
da Igreja. O tema da nova evangelização é absolutamente fundamental. "Pobre
de mim se não anunciar o Evangelho", dizia S.Paulo com o seu tom apaixonado. As
próximas três semanas de Sínodo não são um encontro de estudos. Deve ser um tempo
espiritual vivido com intensidade, por quem sabe que está em jogo a mensagem da salvação,
o conhecimento de Jesus no mundo de hoje e de amanhã, para que "O Filho do Homem,
quando voltar, encontre ainda a fé sobre a Terra". Os bispos que se escutem reciprocamente
e escutem o Espírito, e nós rezaremos com eles.