Cidade do Vaticano (RV) - *Mais uma vez os bispos do mundo todo são convocados
a Roma pelo Papa para um Sínodo - Sínodo significa “caminhar juntos”- para ouvir o
que o Espírito do Senhor sugere e indica para continuar no caminho da Igreja na direção
certa. Não se vai ao Sínodo apenas para falar, mas ao menos igualmente para escutar.
Escutar com outros a Palavra de Deus, mas também escutar as vozes e as experiências
dos demais bispos espalhados pelo mundo. Entrelaçar as diversas linguagens para
conseguir continuando a entender-se, não obstante as imensas diversidades de situação
e de cultura, e assim encontrar nas coisas essenciais uma linguagem comum, que fale
à universalidade da Igreja, à sua “catolicidade”, que significa precisamente “universalidade”. A
escuta humilde e atenta do outro faz assim parte do colocar-se na escola do Espírito
Santo. Se isso aconteceu em medida excepcional no Concílio Vaticano II, pode e deve
acontecer em medida menor, mas real no Sínodo, de modo que ele represente um verdadeiro
tempo de colegialidade dos bispos entorno ao Papa, na solicitude para a missão da
Igreja. O tema da “Nova Evangelização” é absolutamente fundamental. “Ai de mim
se não anuncio o Evangelho”, dizia São Paulo com o seu tom apaixonado. As próximas
três semanas do Sínodo não serão uma reunião de estudo. Deverão ser um tempo espiritual
vivido com intensidade por aqueles que sabem que estará em jogo a mensagem da salvação,
o conhecimento de Jesus no mundo de hoje e de amanhã, a fim de que “o Filho do homem,
quando voltar, encontre ainda fé sobre a terra”. Os bispos se escutem reciprocamente
e escutem o Espírito, e rezemos com eles. *Pe. Federico Lombardi, SJ