Caritas Internacional e OMS debatem controle de doenças não transmissíveis
Roma (RV) – Esta semana, nos dias 01 e 02 de outubro, em Roma, a Caritas Internacional
e a Organização Mundial de Saúde (OMS) promoveram um encontro para discussão de um
esforço colaborativo visando intensificar ações conjuntas para melhorar a equidade
em saúde na prevenção e controle de doenças não transmissíveis.
A convite
da Caritas Nacional, esteve presente o Dr. André Luiz de Oliveira, ex-coordenador
nacional da Pastoral da Saúde e atual membro da equipe de apoio para a Pastoral da
Saúde do Conselho do Episcopado Latino-Americano (CELAM) e representante da CNBB no
Conselho Nacional de Saúde.
Estavam presentes bispos, padres, religiosos, profissionais
da saúde e representantes locais da Caritas de vários países, como Itália, Estados
Unidos, França, Jordânia, Sri Lanka, Etiópia, Congo, Ucrânia, Geórgia, Filipinas,
Índia, Nova Guiné, Suíça, Ruanda, Vietnã, Líbano e África do Sul.
Segundo a
OMS, das 57 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2008, 63% (ou seja, 36 milhões)
foram devido a doenças não transmissíveis (DNT), compreendendo principalmente doenças
cardiovasculares, câncer, doenças pulmonares crônicas e diabetes. Nos países de baixa
e média renda, esse grupo de doenças foi responsável por cerca de 80% das mortes naquele
ano. Doenças não transmissíveis são a principal causa de perda de produtividade e
representam uma ameaça significativa para o desenvolvimento humano, redução da pobreza,
a estabilidade econômica global e segurança.
De acordo com o Dr. André, a maioria
das pessoas que sucumbem prematuramente para doenças não transmissíveis está vivendo
em países com sistemas de saúde precários. “Como os custos de procura de cuidados
para doenças não transmissíveis são muito altos, as pessoas nos países em desenvolvimento
muitas vezes evitam ou adiam o tratamento médico para as DNT, resultando em complicações
indesejadas e com resultados piores”. A meta principal da OMS é unir esforços em todo
o mundo para que se alcance no mínimo 25% de redução de mortalidade precoce por DNT
até 2025.
“É claro que os desafios são enormes. Mas este encontro marca um
início de caminhada que visa o bem comum e demonstra a clara preocupação da OMS e
da Cáritas Internacional em buscar soluções viáveis e criativas de articulação, sensibilização
e mudança de comportamento quanto à medidas de prevenção a DNT e a hábitos saudáveis
de vida das pessoas, proporcionando não só uma vida mais longa a todos, mas uma vida
digna e com qualidade.” (BF-CNBB)