2012-10-04 19:45:46

Cardeal Vegliò: filipinos na Europa são recurso também para seu país natal


Cidade do Vaticano (RV) - É chegado o momento de a imigração filipina ser considerada um recurso não somente para o envelhecimento da Europa, mas também para o desenvolvimento de seu país. Assim se expressou o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Vegliò, em pronunciamento na "Conferência dos Filipinos na Europa, da Diáspora ao Diálogo", realizada em Roma nestes dias.

Em primeiro lugar, um encorajamento aos promotores da Conferência organizada pelo Conselho Global dos Filipinos na Diáspora e pela Comissão dos Filipinos no Exterior, com o apoio da Embaixada Filipina em Roma e pela Organização Internacional das Migrações.

O Cardeal Vegliò assegurou o seu apoio aos esforços feitos para reforçar o desenvolvimento dos migrantes filipinos, em particular, pela integração deles nos países que os acolhem, e pela reintegração ao retorno ao país natal.

Segundo os últimos dados de 2008, as Filipinas estão no oitavo lugar na lista dos Estados que exportam migrantes nos países Ocde (Organização para a cooperação e o desenvolvimento econômico), dois terços dos quais na Europa, onde ajudam a manter o nível de desenvolvimento das nações que os acolhem, oferecendo serviços que uma população envelhecida, que sofre pela carência de natalidade e trabalho não poderia assegurar por muito tempo.

Portanto, ressaltou o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, a gestão da imigração é um bom programa quando se buscam oportunidades de trabalho para os migrantes filipinos e se promovem e tutelam os seus direitos.

E "se tornará um programa melhor ainda – acrescentou o purpurado – quando conseguir dar maior ênfase ao papel que a emigração internacional filipina pode desempenhar em benefício das Filipinas e a encorajar a utilização dos envios de dinheiro para atividades produtivas".

Estima-se que a maior parte dos imigrantes filipinos nos países Ocde seja formada pelas mulheres e que 84% são jovens, entre 15 e 44 anos, emigrados em busca de melhores oportunidades ou para juntar-se a seus parentes.

São muitas as crianças nascidas nos países que acolheram seus pais e que jamais viveram nas Filipinas. E muitos entre os que realizam trabalhos domésticos ou atividades não qualificadas têm nível superior e, portanto – observou o Cardeal Vegliò –, um potencial para fazer melhor não somente para o país que os acolhe, bem como para seu país.

Ademais, o purpurado manifestou a sua preocupação pelos reflexos da crise global sobre economias europeias e sobre os riscos da marginalização e discriminação, particularmente contra os jovens imigrantes.

"Que essa Conferência possa ajudá-los a identificar caminhos e instrumentos rumo a uma fraternidade universal entre todos, migrantes e populações locais, de modo a conseguir o bem comum de todos os povos e nações" – concluiu. (RL)







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