2012-09-29 16:21:48

Aberto neste sábado no Vaticano o processo contra Paolo Gabriele


Arrancou esta manhã no Vaticano o processo contra o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, acusado de ter roubado, no apartamento de Bento XVI, documentos confidenciais do Santo Padre.
Paolo Gabriele encontrava-se em prisão domiciliaria desde o passado dia 21 de Julho. Apresentou-se livre e sem escolta. Mas tinha o direito de não se apresentar. Três magistrados vão decidir da sorte de Gabriele, que corre o risco de ser condenado a uma pena que pôde variar de alguns meses a quatro anos de prisão.
Os juízes, todos leigos, não têm nenhuma relação directa com a Igreja. O promotor da Justiça do Tribunal de Recurso do Vaticano, Giovanni Giacobbe, disse em conferência de imprensa, no passado dia 27, que os juízes gozam duma independência total.
O Papa não poderá influenciar o julgamento. No entanto, como todos os chefes de Estado tem o poder de conceder a graça a um condenado. Poderia também ter arquivado todo o dossier ainda antes do processo, mas não o fez.
Juntamente com Paolo Gabriele, vai ser julgado também Cláudio Sciarpelletti, informático na Secretaria de Estado, supostamente, por cumplicidade. Não obstante o seu papel secundário poderá, todavia, ser condenado a uma pensa que pode chegar a um ano de prisão. Ele não se apresentou ao processo desta manhã, tendo sido representado pelo seu advogado.
Esta é a primeira vez que se verifica um processo publico no Vaticano. Dez jornalistas são autorizados a assistir. De entre eles um da Rádio Vaticano e outro do jornal do Vaticano L’Osservatore Romano. Proibidas, pelo contrário, gravações vídeo e áudio durante a audiência. Apenas algumas imagens do início da secção são fornecidas pela televisão do Vaticano e por L’Osservatore Romano. Impossível prever a duração do processo. A confissão de Paulo Gabriele não é suficiente para um veredicto imediato.








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