Brasília (RV) - O balanço das atividades
da reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) foi apresentado esta quinta-feira
durante entrevista coletiva na sede da CNBB, em Brasília (DF).
Na mesma ocasião,
a Conferência divulgou a sua mensagem para as eleições municipais, e também fez o
lançamento da Campanha Missionária 2012. Participaram da coletiva o Presidente da
CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; o Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner;
o Presidente da Comissão Episcopal para a Animação Missionária, Dom Sergio Braschi;
e o Presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Padre Camilo Pauletti.
Dom
Damasceno destacou que durante o Consep foram apresentadas belas experiências da Igreja
no Brasil. Recordou a participação do Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão
Episcopal para a Amazônia, apresentando os desafios da Igreja naquela região, bem
como as viagens realizadas ao Haiti e ao Timor-Leste por representantes do episcopado
brasileiro. “Nestes dois países, a Igreja do Brasil tem colaborado de forma importante,
tanto no envio de missionários, como na reconstrução de igrejas, manutenção de escolas
e formação de novos presbíteros”, lembra o Cardeal.
O Consep também prosseguiu
com a análise dos dados do Mapa das Religiões no Brasil, que a partir dos dados do
Censo 2010 aponta a queda do número de católicos no país. “Desta vez, focamos as iniciativas
pastorais para que possamos responder a esta realidade”, relatou Dom Damasceno. Os
bispos também aprovaram na reunião a proposta de alteração da data de realização da
5ª Semana Social Brasileira para outubro de 2013, bem como o novo cronograma de elaboração
das Campanhas da Fraternidade.
Na coletiva, Dom Leonardo fez a leitura da mensagem
da CNBB para as eleições municipais. E em entrevista ao Programa Brasileiro, ele ressaltou
três pontos do texto:
O Conselho de Pastoral da CNBB, diante das próximas
eleições municipais do dia 7 de outubro, se manifestou desejando que as eleições transcorram
tranquilamente dada a violência que tinha acontecido em algumas regiões do Brasil.
Havia a necessidade, de pastores que somos, de nos manifestar sobre a necessidade
do respeito pela diversidade, sobre o respeito pelo adversário político, acentuando
que na política nunca se é inimigo. Adversário sim, mas não inimigo. Depois,
acentuamos na Mensagem a necessidade de uma escolha de pessoas que possam realmente
governar os nossos municípios, recordando a necessidade de observar a Ficha Limpa.
Inclusive mencionamos no texto que o voto deve ser limpo e consciente. Já
que a Ficha Limpa foi aprovada, nós gostaríamos de que essas eleições municipais,
que são sempre eleições um pouco mais tensas, onde quase todos se conhecem, os candidatos
são próximos, existem os interesses do cuidado local, levassem em consideração a Ficha
Limpa. Então três elementos fundamentais: levar em consideração a Ficha
Limpa, eleger pessoas que possam realmente governar o município e a necessidade de
termos respeito pelos adversários. Não pode ser assim que o momento de eleições que
é tão importante, tão decisivo para as nossas comunidades, seja um momento de violência.