2012-09-26 17:05:35

Reler a "Cidade de Deus" à luz das relações de Santo Agostino com outras culturas


Teve início ontem, 25 de Setembro, no Instituto Patrístico Augustinianum de Roma o Simpósio Internacional organizado pela Universidade de Wurzburg em colaboração com o Institui Patrístico Augustinianum de Roma e o Instituto Agostiniano da Vilanova University da Pensilvânia, sobre o tema: Conflito ou diálogo? O encontro de Agostinho com outras culturas na De Civitate Dei. 150 estudiosos provenientes dos Estados Unidos, Alemanha e Itália, efectuam, até ao próximo sábado, o efectuar uma releitura da obra de Santo Agostinho De Civitate Dei, ou A Cidade de Deus, à luz da relação entre Santo Agostinho e as novas culturas que no já longínquo século V entravam em contacto com o mundo romano de então. Por ocasião do saque de Roma por parte dos bárbaros, as correntes pagãs desenvolviam a tese de que isso tinha acontecido devido à cristianização do império romano. A cidade de Deus procura responder a tudo isso.

Segundo o Padre Robert Dodaro, Presidente do Instituto Patrístico Augustinianum o objectivo dese colóquio é fazer uma releitura do texto da "Cidade de Deus" com esta questão: Nesta obra encontra-se uma abertura ao diálogo inter-cultural e inter-religioso ou encontra-se apenas uma polémica, um conflito, entre cristianismo e outras religiões e culturas? Esta pergunta estará, poranto, no centro deste simpósio.

A queda de Roma em 410 acentuou uma questão de fundo que era que comportamento ter com os bárbaros que agrediam o Império. Havia um grupo consistente, dos quais fazia parte Santo Ambrósio, que queriam que os bárbaros fossem manietados e repelidos. Santo Agostinho, talvez porque tinha percebido que já não era possível esse tipo de atitude, achava que era necessário encontrar uma convivência. Assim, Agostinho não fala mais de bárbaros, romanos e cristãos, mas sim de todos os homens que têm apenas duas alternativas: ou construir uma cidade fundada no egoísmo humano destinada a dissolver-se; ou então uma cidade fundada no amor de Deus e, portanto, no amor dos homens, destinada a sobreviver eternamente.








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