2012-09-23 16:25:31

Jovens europeus visitam Auschwitz e prometem construir uma Europa de paz


Concluiu-se ontem com um apelo à paz, lançado a partir do campo de concentração de Auschwits-Birkenau, a terceira edição do encontro internacional de “Jovens europeus para um mundo sem violência” organizado pela Comunidade de Santo Egídio. 1500 jovens reflectiram ao longo de três dias sobre a questão da violência no mundo. Ponto culminante do encontro foi, a concluir, uma peregrinação a Aushwitz, onde os jovens num silêncio surpreendente e emocionante, detiveram-se em frente das lápides que recordam as vítimas desse calvário do século XX. Pouco antes, oito deles tinham depositado duas coroas de flor: uma perante a lápide memorial das vítimas hebraicas e outra em recordação das vítimas ciganas.

Calcula-se que para o campo de Auschwitz-Birkenau tenham sido levados um milhão e trezentos mil deportados, um milhão e cem mil dos quais foram mortos. Para Malgorziata Momzal, guia do campo, fala-se sempre de um milhão de hebreus, mas havia também 70 mil polacos, 21 mil ciganos, 15 mil soviéticos, prisioneiros de guerra, e 10 a 15 mil pessoas doutras nacionalidades.

O cortejo dos 1500 jovens atravessou, na parte da tarde, o tristemente famoso arco da torre do guarda e dirigiu-se, ao som do Requiem para Auschwits de Pedderecki, às linhas de ferro da última estação dos numerosos comboios de homens, mulheres, jovens, crianças e velhos levados como bestas para esse campo de morte. Na parte da manhã, os jovens tinham visitado o museu do campo, tomando assim conhecimento de aspectos da vida quotidiana dos prisioneiros.
Os três dias de trabalho dos jovens contaram também com um encontro com o arcebispo de Cracóvia, no Santuário da Divina Misericórdia. Recordando a figura de João Paulo II e de Santa Faustina, o Cardeal Estanislau Dziwisz disse-lhes que a luz de Cristo irradia no mundo graças a testemunhos corajosos.
No apelo final do encontro, os jovens dizem “Não” ao anti-semitismo, a todas as formas de racismo, coisas que confundem a mente e abrem caminho para a barbárie. Com a inteligência da cultura e do amor, queremos juntos construir um mundo sem violência. Deste lugar reparte um movimento de corações que quer chegar a outros jovens como nós, para tornar mais humanos os nossos países e transformá-los numa Europa de paz.”








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