Repartir do Líbano é o tema do editorial desta semana do Director da Rádio Vaticano,
Padre Federico Lombardi. Ouça….
“Raramente
a mensagem do Papa durante uma viagem foi assim entendida e acolhida com admiração
e consenso quase unânime como nesta ocasião. As vozes discordantes foram mesmo poucas.
Justamente! Foi um sinal de responsabilidade muito apreciável por parte dos comunicadores. A
missão do profeta desarmado que andava sem certezas, decidido, a falar de paz numa
região e num período de conflitos e protestos inflamados, era uma mensagem de força
não muito comum. Enquanto tudo o que está à volta continua a confiar sobretudo no
poder e nas armas e se alimenta de ódio sem tréguas, as palavras do diálogo e do respeito,
o convite para a reconciliação, a exortação aos jovens de diferentes crenças religiosas
para construir juntos um futuro de paz, ressoou com límpida e fascinante verdade,
vindo da boca de um que fala com autoridade ao contrário de outros mestres menos credíveis. Particularmente
encorajante foi o acolhimento dos chefes religiosos muçulmanos do Líbano, que acolheram
com respeito e disponibilidade a mensagem de paz e de colaboração entre cristãos e
muçulmanos para a paz na sua própria terra no coração do Médio Oriente. O
respeito sincero pelas crenças dos outros é fundador daqueles pensamentos, daquelas
palavras e daqueles gestos de paz dos quais mais uma vez volta a falar o Papa, e das
quais há extrema necessidade da parte de todos e em todo o mundo, que é cada vez mais
uma aldeia global, isto para não alimentar irresponsavelmente reações descontroladas
e violentas. O Papa e a Igreja Católica fazem a sua parte pela paz no mundo. Também
quem tem instrumentos de poder político, militar ou de comunicação deve fazer a própria
parte neste empenho crucial para o futuro da humanidade”.