Arcebispo Tomasi sobre a Síria: nações coloquem interesses egoístas de lado e trabalhem
pela paz
Genebra (RV) - As violências na Síria mostram a inutilidade da guerra como
meio para resolver as divergências. Essa é uma das passagens do pronunciamento do
observador permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano
Maria Tomasi, feito durante a 21ª sessão do Conselho dos direitos humanos.
Recordando
os resultados de uma investigação – ilustrados nesta segunda-feira pelo presidente
da Comissão de investigação da ONU sobre a situação na Síria, Paulo Pinheiro –, o
arcebispo falou de cerca de trinta mil vítimas desde o início do conflito sírio e
de mais de um milhão de deslocados.
O prelado exortou ao respeito aos direitos
humanos, "o caminho que pode levar a uma solução" e pré-requisito essencial para as
negociações de paz.
Dom Tomasi evidenciou o empenho da Santa Sé e as palavras
do Papa que "sem ambigüidade" condenam as violências no país. Em seguida, exortou
a comunidade internacional a colocar de lado "os interesses egoístas e a apoiar o
processo político mediante uma participação partilhada".
Daí, o convite aos
jornalistas a realizarem plenamente o seu trabalho, dando informações completas para
oferecer à opinião pública um quadro claro, explicando, em particular, a futilidade
da violência. "A mídia pode ajudar a criar uma cultura de paz", disse Dom Tomasi.
Por
fim, recordando a importância da primavera árabe no Oriente Médio, o representante
vaticano convidou a não sufocar as aspirações à liberdade porque "o povo da Síria
e do Oriente Médio merece apoio e solidariedade no momento da necessidade". "A promoção
dos direitos humanos é uma estratégia eficaz e indispensável para a paz", concluiu.
(RL)