Egito: cristãos também protestam contra o filme que ofende o Islã

Cairo (RV) – Os cristãos unem sua voz à dos muçulmanos para protestar contra o filme que denigra o Profeta Maomé. É o que afirma à Agência Fides Pe. Rafic Greiche, responsável pela comunicação da Igreja Católica egípcia.


"Neste momento, estão se realizando manifestações no centro do Cairo, para protestar contra o filme estadunidense que ofende o Profeta Maomé, com vários confrontos com a polícia. A situação é tensa na área ao redor da Embaixada dos Estados Unidos, que está muito próxima da Praça Tahrir", afirma Pe. Greiche no Cairo.
"Deve-se destacar que entre os manifestantes há também muitos cristãos, coptas em especial, que protestam com os muçulmanos contra o filme. Também no Facebook e em outras redes sociais, cristãos e muçulmanos estão unidos no protesto".

Além da espontânea mobilização dos fiéis, também os líderes das principais confissões cristãs do Egito fizeram sentir sua voz. "As Igrejas Católica, Ortodoxa e Protestante emitiram um comunicado em árabe contra o filme em questão", informa Pe. Greiche. "No comunicado, se afirma que os cristãos conhecem bem a profanação daquilo que para eles é mais sagrado. Recorda-se, por exemplo, como em certos programas televisivos ou em algumas propagandas Cristo e o Papa são representados. Portanto, fomos os primeiros a experimentar esse tipo de profanação dos próprios símbolos religiosos e somos os primeiros a respeitar o Islã e todas as religiões, com seus símbolos", conclui o sacerdote.

Sobre este filme, também o Patriarcado latino de Jerusalém se manifestou, afirmando que “não podemos, como cristãos e fervorosos promotores do diálogo inter-religioso, aceitar uma semelhante insensata provocação que vai contra o respeito pelas diferentes religiões e denigre a fé e a dignidade dos muçulmanos”.

Na Líbia, um ataque na cidade de Benghazi para protestar contra o filme matou quatro pessoas da embaixada dos Estados Unidos, entre elas o Embaixador.

O Patriarcado condena “com máxima firmeza” o ataque, que “recorda o horror do terrorismo”. O filme polêmico que está sendo veiculado nos Estados Unidos é intitulado “A inocência dos muçulmanos”.

(BF)