2012-09-13 11:30:53

O Apelo de Sarajevo - o ódio não vem de Deus


Terminou Terça-feira em Sarajevo, Bósnia, o Encontro das religiões mundiais pela paz, organizado pela Comunidade de Santo Egídio. Três dias de encontros entre líderes de todos as crenças, personalidades políticas e intelectuais de todas partes do mundo reunidos para discutir sobre as temáticas e os desafios masi urgentes para a sociedade de hoje. Do palco eriogido no centro histórico de Sarajevo foi feito um apelo de paz.

Sarajevo, terra mártir da última guerra que se estendeu através da Europa nas últimas décadas do século XX, ensanguentada pelo ódio entre vizinhos de diferentes religiões e diversas étnias, esta cidade transformou-se nestes dias na fiel depositária do espírito de Assis. Assim, será portadora daquela mensagem de paz que chama todas as religiões ao dever de ensinarem a viver através do diálogo, da estima recíproca, do respeito pela liberdade e pela diferença. O apelo feito no final do encontro, na presença de todos os chefes religiosos, nega que o ódio, a divisão, a violência e os genocídios possam vir de Deus.

O cardeal Roger Etchegaray, presente em Sarajevo, teve oportunidade para recordar como entrou nesta cidade debaixo de bombardameamento como enviado do Papa João Paulo II. À cidade o purpurado pediu para ter coragem e de aprenderem a viver juntos sem preconceitos. O fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, afirmou que o futuro daquela região depende dos europeus. Sarajevo deverá continuar una e plural e, portanto, foi dali que levantou a invocação: "nunca mais ódios e guerras fratricidas".

Presente também D. Vincenzo Paglia. O Presidente do Pontifício Conselho para a Família e conselheiro espiritual da Comunidade de Santo Egídio sublinhou a importância de Sarajevo que pode tornar-se num exemplo de convivência entre os povos. Muito embora - considerou o prelado - Sarajevo e as Bósnia-Herzegovina continuem a ser áreas muito delicadas na Europa. Eis porque o tesouro mais precioso deste encontro - continua - é a imagem de católicos e ortodoxos que se abraçam que escolhem continuar a viver juntos em ligação com muçulmanos e judeus.







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