2012-09-13 16:55:17

Cardeal Tauran sobre visita do Papa ao Líbano: diversidade não é perigo, mas riqueza


Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI inicia nesta sexta-feira a 24ª viagem apostólica internacional de seu Pontificado, viagem esta que o levará ao Líbano, onde entregará a Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Médio Oriente". Sobre a viagem do Papa ao País dos Cedros e a mensagem que levará também a todo o Oriente Médio a Rádio Vaticano ouviu o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran. Eis o que disse:

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Diria que o Papa, indo ao Líbano, recordará que a diversidade, a pluralidade não é sinônimo de perigo, pelo contrário, é uma riqueza e isso se vê muito bem no diálogo ecumênico e no diálogo inter-religioso, duas realidades muito vivazes no Líbano. A Exortação apostólica quer dar a mensagem que viver juntos não é uma utopia, mas é uma vocação e, de fato, o tema do Sínodo era "Comunhão e testemunho" e havia uma referência à primeira comunidade cristã."

RV: Esta presença do Papa no Líbano é, portanto, um chamado à comunhão...

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "À comunhão entre cristãos e ao diálogo com os não-cristãos. Diria que este é o Líbano! Isso se deve ao fato que muçulmanos, cristãos, drusos, todos vão à escola juntos, têm os mesmos livros, os mesmos professores e daquilo que vi quando estive lá – quatro anos e meio durante a guerra civil –, foi a escola que fez o Líbano: foi a educação. Essa abertura, única naquela parte do mundo, deve ser salvaguardada."

RV: Alguns veem uma dimensão política dessa viagem, com referência ao que está acontecendo no Oriente Médio...

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "A viagem do Papa é uma viagem apostólica e, portanto, não vai levar soluções aos problemas políticos. Os problemas no Oriente Médio não são causados pela religião, mas têm sempre uma dimensão religiosa. Isso faz parte da cultura das populações daquela parte do mundo. Certamente deverão ser também recordados os grandes princípios do direito internacional, os direitos do homem, como a liberdade e também a liberdade de religião, que penso que será evocada na Exortação apostólica." (RL)







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