2012-09-12 12:07:12

Dom Lahhan: "A visita do Papa é a todo o Oriente Médio e há sentimentos de alegria por isso"


Cidade do Vaticano (RV) - Dois anos depois do Sínodo para o Oriente Médio, Bento XVI está para iniciar sua viagem apostólica ao Líbano onde entregará aos patriarcas e bispos da região a Exortação Apostólica pós-sinodal “Ecclesia in Médio Oriente”. A visita do Papa assume, portanto, uma importância para todos os pastores e fiéis da região. Uma dimensão essa, que é sublinhada por Dom Maroun Lahhan, Vigário do Patriarca de Jerusalém dos Latinos para a Jordânia.

R. "É uma visita a todo o Oriente Médio e há sentimentos de alegria, de orgulho por isso. Precisamente nestes momentos difíceis para os países do Oriente Médio e do Norte da África, basta a presença do Santo Padre, bastam as palavras do Santo Padre – quaisquer que sejam – como sinal de encorajamento e de solidariedade da Igreja Católica para com esses países, onde os muçulmanos sofrem e os cristãos sofrem".

P. O primeiro motivo da viagem é a entrega da Exortação Apostólica pós-sinodal para ao Oriente Médio. Quais frutos se poderão recolher deste documento, sobretudo para os pastores?

R. "Esperamos que o Santo Padre nos recorde sempre o nosso dever para com esse pequeno rebanho, que está presente aqui desde os primeiros séculos e que é sempre testemunha da morte e da Ressurreição de Cristo. Além do mais, desejamos que esta Exortação Apostólica nos confirme na nossa missão de “guardiões da fé” neste país, encorajando assim os nossos cristãos – católicos e não católicos – a serem sempre testemunhas de Cristo nestes países. Procuramos, de fato, fazer tudo o que podemos para conter o êxodo dos cristãos, para que a Terra Santa e todos os outros países que têm a presença cristã desde os primeiros séculos, não se tornem um “museu arqueológico”.

P. O Oriente Médio tem sede de paz: pensamos no que está ocorrendo na Síria e quanto isso repercute em toda a região, em particular com a emergência humanitária dos refugiados muito sentida na Jordânia...Quais esperanças de paz existem, que possam nascer também desta visita do Papa?

R. "Esperamos do Santo Padre três palavras. A primeira para aqueles que cometem atos de violência, porque não se pode responder à violência com a violência. Até agora foram mais de 30 mil mortos na Síria e isso é um sacrilégio! A segunda palavra é uma palavra de encorajamento e esses povos que sofrem, a esses jovens que saem pelas ruas em busca de uma vida mais digna, mais livre e mais democrática. Uma terceira palavra às potências internacionais, para que parem de intervir somente por causa de seus interesses econômicos, sem olhar para o sofrimento destes países: Estados Unidos, Europa, Rússia se desejam ajudar que o façam mas sem segundas intenções". (SP)







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