Sarajevo (RV) – Encerra-se esta terça-feira, em Sarajevo (Bósnia-Herzegovina),
o Encontro Internacional pela Paz “Homens e Religiões”.
O Presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Card. Antonio Maria Vegliò,
tomou a palavra para falar do trabalho da Igreja no campo migratório.
Em especial,
o purpurado italiano falou da integração dos migrados. O melhor caminho, afirmou,
é a adoção de políticas migratórias adequedas, que não devem depender da circunstância
ou do intuito de alguns políticos, mas sim elaborar normativas claras e precisas que
garantam estabilidade e a proteção aos seus direitos.
A Igreja, por sua vez,
não reivindica tarefas específicas na elaboração dessas normas, mas sim colaborar
com propostas oportunas para que as medidas que os Estados e a comunidade internacional
pretendem adotar se inspirem nos Direitos Humanos fundamentais e na tradição cristã.
A
finalidade desses processos de integração é passar de uma sociedade multicultural,
em que as culturas convivem paralelamente umas com as outras, para uma sociedade intercultural,
em que as culturas e os grupos étnicos interagem entre si.
A Igreja percebe
a complexidade do problema, mas acredita que, com paciência e prudência, as sociedades
poderão empreender frutuosos itinerários de integração.
“Um dos desafios mais
empenhativos do terceiro milênio é, portanto, aprender a viver unidos na diversidade
e na multiplicidade das culturas, das etnias e das religiões. O respeito e o reconhecimento
das diferentes identidades culturais não devem criar obstáculos, mas propor-se como
condição essencial para a construção de uma humanidade unida na pluralidade.”