2012-09-11 12:34:42

Cardeal Koch responde a manifesto ecumênico


Berlim (RV) - “Não podemos realizar já a partir de amanhã a unidade entre as Igrejas porque são muitas as interrogações e questões teológicas que ainda não foram resolvidas”. Foi o que disse à agência Sir o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos falando do manifesto “Ecumenismo agora! Um só Deus, uma só fé, uma só Igreja”, lançado na semana passada em Berlim, na Alemanha.

Os 23 signatários – na maioria representantes da sociedade civil e políticos – pedem que sejam superadas as divisões entre as Igrejas e lançam um apelo, por ocasião do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e na perspectiva dos 500 anos da Reforma que se celebrará em 2017. O texto – publicado no site www.oekumene-jetzt.de – foi já assinado por outras 1.000 pessoas.

“Como já sublinhou justamente o Presidente da Conferência dos Bispos da Alemanha, o Arcebispo Dom Robert Zollitsch – disse o Cardeal Koch -, eu também estou contente em ver que muitos estãos motivados pela causa ecumênica, que acreditam que a situação ecumênica ainda não chegou ao fim e que devemos continuar a trabalhar para chegar a essa meta. Muitos, portanto, vêem a necessidade do ecumenismo. É necessário, porém, entender que os políticos que assinaram este texto vêem a situação do ponto de vista político. Eu tenho a impressão de que não percebem suficientemente os motivos teológicos da nossa situação”.

“A segunda consideração – prossegue o cardeal – é que não é possível superar a separação entre as Igrejas somente na Alemanha. Este é um apelo em prol da Alemanha e com a Igreja Luterana. Mas a Igreja Católica é uma Igreja presente em todo o mundo por isso todas as outras realidades estão envolvidas nesta situação. Creio que os autores do documento devem ver de modo realista a realidade da Igreja Católica”.

Enfim o Cardeal Koch acrescentou : “É triste que alguem acredite que os problemas teológicos tenham sido resolvidos e que portanto é o governo da Igreja que não quer a unidade. Porque isso não é verdade: os problemas existem e pedem para ser resolvidos”. No manifesto, os signatários destacam: “em ambas as Igrejas há uma grande nostalgia de unidade, se sofrem as consequências da divisão”. E convidando os líderes das Igrejas a progredirem no caminho ecumênico concluem: “como cristãos no país da Reforma sentimos um responsabilidade particular de dar sinais concretos e de colaborar a fim de que se possa viver uma fé comum também em uma Igreja comum”. (SP)







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