2012-09-08 13:06:04

Líbano: vigília de cristãos e muçulmanos, à espera de Bento XVI


Beirute (RV) – Uma vigília de cristãos e muçulmanos para invocar a proteção de Deus e da Virgem Maria sobre a visita de Bento XVI ao Líbano foi convocada para a noite de 12 de setembro.

Quatro procissões de jovens partirão de quatro pontos da capital, Beirute, para convergir no chamado "Jardim de Maria", levando velas e bandeiras do Líbano. Neste local, por volta das oito da noite, terá início o encontro, com uma programação que prevê cantos, leituras e invocações para pedir a Deus e à Mãe de Jesus que a viagem papal seja acolhida e vivida por todos como uma bênção ao país dos cedros.

"O título da iniciativa é ‘Juntos na paz, no amor, na liberdade e na segurança’. Será uma festa nacional e popular, para mostrar a todo o mundo que o Líbano pode ser também neste momento histórico o país da convivência entre cristãos e muçulmanos", explicou à Agência Fides o Secretário da Comissão Episcopal libanesa para o Diálogo com o Islã, Padre Antoine Daou.

No encontro, está prevista a participação de representantes e autoridades de todas as comunidades religiosas do país, junto a milhares de fiéis. Entre os principais promotores da iniciativa, estão também diversas organizações de diálogo inter-religioso, como o grupo “Ensemble Autour de Marie”, que há alguns anos dá vida a celebrações comuns entre as duas religiões na festa da Anunciação.

Desde 2010, esta solenidade foi proclamada festa nacional, com a intenção de encontrar na devoção a Maria – compartilhada pelos muçulmanos – um ponto de convergência entre as diversas comunidades religiosas.

A vigília de 12 de setembro – explica Padre Daou – não é um evento isolado: nesses dias, são centenas, em todas as dioceses libanesas, as iniciativas de oração e reflexão comum com as quais os fiéis de diversas comunidades cristãs se preparam para o encontro com o Sucessor de Pedro: "Todos os libaneses, inclusive os líderes políticos e religiosos – como os chefes de Hezbollah, os drusos, os líderes políticos –, aguardam a visita do Papa como uma graça para o Líbano, que possa favorecer um momento de verdadeira unidade nacional, para além das divisões, e mostrar a todo o mundo médio-oriental que o Líbano pode ser um modelo de convivência".

(BF)







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