A mobilização do Grito dos Excluídos pelas ruas do Brasil
Aparecida (RV) - Com o lema “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta
direitos a toda população”, o grito de todos os povos excluídos ganhou voz na mobilização
que se realizou em todos os cantos do país.
Em Aparecida (SP), no Santuário
Nacional, a mobilização se uniu à 25ª Romaria Nacional dos Trabalhadores, que veio
somar forças na luta pelos direitos e na denúncia das condições de crescente exclusão
social existentes no país.
A concentração teve seu auge no Pátio João Paulo
II, em frente à Basílica, com o Grito dos Excluídos e a Celebração Eucarística da
25ª Romaria dos Trabalhadores.
O bispo de Volta Redonda, Dom Francisco Biasin,
ao motivar o “grito” entre os participantes, lembrou que o evento está intimamente
ligado à celebração da 5ª Semana Social Brasileira, com o tema “O Estado Brasileiro
para que e para quem?”.
Em Curitiba (PR), houve participação das pastorais
e movimentos sociais com ampla adesão das comunidades locais. Durante o evento, foram
realizados vários atos temáticos fazendo a memória histórica dos 18 anos do Grito.
Em
Salvador, o destaque foi para as manifestações em defesa da mulher marginalizada e
da população de rua. Junto às manifestações do Grito estiveram os policiais militares
do Estado da Bahia, que estão paralisados.
Em Cuiabá, os manifestantes fizeram
uma grande marcha com paradas e encenações teatrais representando os temas apontados
pelo Grito de 2012. Na primeira parada, o ato foi contra o fechamento das defensorias
públicas do Estado, que tem excluído cerca de 500 mil pessoas do acesso a esse direito.
Na segunda parada, a manifestação foi contra a violência e o extermínio dos jovens
nos centros urbanos do Brasil.
No Mato Grosso do Sul, várias organizações
e movimentos sociais fizeram atos em defesa da Reforma Agrária e contra o patrocínio
do Estado ao uso de agrotóxicos e ao agronegócio em grande escala. Também houve manifestações
contra a corrupção e em defesa do voto consciente.
Em Brasília, houve concentração
de movimentos sociais e da população em geral na rodoviária do Distrito Federal. Da
rodoviária, os manifestantes partiram em marcha em direção à Agência de Fiscalização
do DF, onde se manifestaram em defesa dos direitos dos camelôs e feirantes sem barracas.