Um empresa automobilística francesa ofereceu ao Santo Padre um carro totalmente movido
a eletricidade. O automóvel, de cor branca, foi entregue quarta-feira na residência
de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma. O veículo foi “construído inteiramente
de acordo com as exigências da preservação ambiental, sem ruído, sem emissão de carbono
nem consumo de energias fósseis”, foi anunciado ontem em conferência de imprensa na
sede da nossa emissora. O responsável na Itália da Renault, a empresa que construiu
o automóvel, Jacques Bousquet, declarou que se trata de um “projeto que simboliza
o compromisso comum e difícil para respeitar o ambiente e desenvolver soluções positivas”.
Este
automóvel elétrico passará a ser usado internamente no Vaticano ou na residência de
Castel Gandolfo, onde foram instaladas estruturas próprias para recarregar as baterias,
com autonomia de 170 km. Um outro exemplar, de cor azul, foi oferecido à Gendarmaria
do Vaticano. Em declarações aos jornalistas, o diretor da sala de imprensa da
Santa Sé, padre Federico Lombardi destacou a “atenção às problemáticas do ambiente”
por parte de Bento XVI. “Diversas mensagens do Papa para o Dia Mundial da Paz, em
particular a de 2010, eram precisamente dedicadas à responsabilidade no confronto
com a natureza”, observou.
O compromisso “verde” da Santa Sé é particularmente
visível no complexo foto voltaico que foi instalado em 2008 no teto da sala de audiências
Paulo VI, junto à Praça de São Pedro: cerca de 2 mil metros quadrados da cobertura
foram substituídos por painéis solares. O Estado do Vaticano quer ser o primeiro a
cumprir os objetivos europeus que prevêem que até 2020 pelo menos 20% da energia consumida
seja obtida de fontes renováveis. O Vaticano foi o primeiro Estado a atingir o objetivo
de “emissões zero” de carbono, em 2007.