FAO descarta crise alimentar, mas pede atenção aos mercados
Cidade
do Vaticano (RV) - "Não há sinais de crise alimentar, não há nenhuma razão para
falar em crise alimentar neste momento" – foi o que disse o Diretor-Geral da Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, numa
entrevista concedida à nossa emissora, após a apresentação dos índices globais de
preços dos alimentos, na manhã desta quinta-feira, em Roma.
Apesar de descartar
uma crise alimentar mundial, a exemplo do que aconteceu entre 2007 e 2008, Graziano
mostrou-se preocupado com a retração das doações da comunidade internacional para
a África. Eis o que disse.
"Eu faço de novo um apelo para que os países
mantenham seus programas de ajuda internacional. Especialmente no caso da África onde
estamos trabalhando para aumentar a produção local de produtos locais. A África produz
mandioca com facilidade, produz feijão em algumas áreas também com facilidade, além
de outras raízes e tubérculos que poderiam ajudar muito neste momento. Estamos preocupados
especialmente com a importação de trigo, por exemplo, por países como a Mauritânia,
mas a FAO está trabalhando em programas de contingência para ajudar esses países."
(MJ/RB)