Manaus (RV) – Sete milhões de quilômetros quadrados, dos quais cinco milhões
e meio de florestas: um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade
comemorou nesta quarta-feira, 5 de setembro, o Dia da Amazônia. A data foi escolhida
porque nesse mesmo dia, em 1850, Dom Pedro I criou a Província do Amazonas.
O
Dia da Amazônia busca conscientizar a população sobre a importância da maior floresta
tropical do mundo. O bioma ocupa 60% do território brasileiro e abrange oito países
além do Brasil (Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana
Francesa). No Brasil, a floresta abriga atualmente pelo menos 30 milhões de pessoas.
Além
de garantir a sobrevivência desses povos, fornecendo alimentação, moradia e medicamentos,
a Amazônia tem uma relevância que vai além de suas fronteiras. Ela é fundamental no
equilíbrio climático global e influencia diretamente o regime de chuvas do Brasil
e da América Latina. Sua imensa cobertura vegetal estoca entre 80 e 120 bilhões de
toneladas de carbono. A cada árvore que cai, uma parcela dessa conta vai para os céus.
Encontram-se
em território amazônico florestas, savanas e florestas de igapó permeadas pelos rios.
Levantamentos recentes mostram que a Amazônia abriga pelo menos 40 mil espécies de
plantas, 427 de mamíferos, 1.294 de aves, 378 de répteis, 427 de anfíbios e cerca
de três mil espécies de peixes. Seus rios comportam cerca de 20% da água doce do mundo
e a floresta constitui importante estoque de gases responsáveis pelo efeito estufa.
Maravilhas
à parte, o ritmo de destruição segue par a par com a grandiosidade da Amazônia. Desde
que os portugueses pisaram no território, em 1550, até 1970, o desmatamento não passava
de 1% de toda a floresta. De lá para cá, em apenas 40 anos, o número saltou para 17%
– uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Para impedir a ação indiscriminada da motosserra
na Amazônia, a organização Greenpeace, criou uma proposta de lei popular, onde se
exige o «Desmatamento Zero». Mas para que o projeto seja entregue no Congresso brasileiro
é preciso haver pelo menos 1,4 milhões de subscritores. Por isso, a Greenpeace apela
aos internautas que usem o Twitter, Facebook e Google para convidarem os seus amigos
a assinar o documento.
Greenpeace é uma ONG independente que desenvolve campanhas
e atua para mudar opiniões e comportamentos, proteger e preservar o ambiente e promover
a paz. (CM)