2012-09-05 12:14:42

Apoio unânime às negociações de paz na Colômbia


Bogotá (RV) – A Igreja Católica, a OEA (Organização dos Estados Americanos), a UE (União Européia) e a maioria dos países americanos saudaram nesta terça, 04, o início do diálogo do governo colombiano e as FARC e expressaram seu respaldo ao processo que deverá por fim a 50 anos de conflito na nação.

O anúncio do Presidente Juan Manuel Santos confirmou o que já se comentava há semanas. As conversas entre governo e guerrilha teriam começado há seis meses, e contaram com ajuda de Hugo Chávez, da Venezuela, e de Raúl Castro, de Cuba. As negociações, que começaram em 1998 e duraram quatro anos, fracassaram.

Para Santos, desta vez é diferente. O governo colombiano não retirará tropas de qualquer parte do território, como aconteceu anteriormente. O governo impôs derrotas militares às Farc, que têm a metade dos efetivos em combate de dez anos atrás.

As negociações agora terão uma agenda fechada, com regras de procedimento, sem interrupção e nem intermediários. Fechado o acordo, governo e guerrilha deverão cumprir sua parte simultaneamente.

As negociações começam em outubro e serão em território neutro: em Oslo, na Noruega. Depois, seguirão em Cuba. Até que se chegue a um acordo, o governo promete seguir combatendo as Farc.

Já o líder da formação guerrilheira, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", afirmou que “a paz é uma questão de todos os colombianos, e que a chave não está nas mãos do Presidente Juan Manuel Santos nem nas dele, mas sim com o povo.

Por sua vez, Dom Héctor Epalza Quintero, bispo de Buenaventura, depois de se encontrar com Bento XVI, declarou que a Igreja Católica na Colômbia está comprometida com a reconciliação e trabalha “para restituir a esperança de paz a uma nação consumida pela violência”.

Em várias ocasiões, o Pontífice expressou preocupação pela situação na Colômbia, pedindo paz e reconciliação entre os colombianos.
(CM)








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