Semana da Pátria, ocasião de cidadania ativa. Ouça!
Brasília
(RV) - Na Semana da Pátria, entre os dias 1º e 7 de setembro, o Brasil inteiro
e simultaneamente, vários países do mundo, celebram o “Grito dos Excluídos”. Esta
18ª edição tem o lema "Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos
a toda população!".
O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada
de simbolismo, um espaço de animação e profecia sempre aberto e plural de pessoas,
grupos, entidades, Igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
Movimentos e pastorais sociais promovem manifestações como marchas, romarias, vigílias,
panfletagens e passeatas.
“Se todos somos iguais perante a lei, o Estado deveria
garantir isso” – afirma Dom Guilherme Antonio Werlang, Presidente da Comissão Episcopal
Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “O Brasil
já nasceu um Estado que serve a interesses particulares. E nós temos que mexer na
estrutura deste Estado” - lembra.
Além do tema principal, o Grito dos Excluídos
também aborda a violência contra os jovens, a corrupção, as implicações das obras
preparativas para a Copa do Mundo e a construção de barragens na Região Norte do país.
O Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da CNBB, pela Comissão
Pastora da Terra (CPT), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), MAB, pelo Fórum Nacional
pela Reforma Agrária e pela Assembleia Popular.
A história do Grito
A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos
foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha
da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos
desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas
e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
Desde
1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro, dia da comemoração da
independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania
nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito.
Nesta perspectiva,
o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa
e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária,
plural e fraterna.
O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai
se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional
e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.