2012-09-04 11:53:32

Semana da Pátria, ocasião de cidadania ativa. Ouça!


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Brasília (RV) - Na Semana da Pátria, entre os dias 1º e 7 de setembro, o Brasil inteiro e simultaneamente, vários países do mundo, celebram o “Grito dos Excluídos”. Esta 18ª edição tem o lema "Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!".

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, um espaço de animação e profecia sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, Igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Movimentos e pastorais sociais promovem manifestações como marchas, romarias, vigílias, panfletagens e passeatas.

“Se todos somos iguais perante a lei, o Estado deveria garantir isso” – afirma Dom Guilherme Antonio Werlang, Presidente da Comissão Episcopal Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “O Brasil já nasceu um Estado que serve a interesses particulares. E nós temos que mexer na estrutura deste Estado” - lembra.

Além do tema principal, o Grito dos Excluídos também aborda a violência contra os jovens, a corrupção, as implicações das obras preparativas para a Copa do Mundo e a construção de barragens na Região Norte do país.

O Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da CNBB, pela Comissão Pastora da Terra (CPT), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), MAB, pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e pela Assembleia Popular.

A história do Grito

A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.

Desde 1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro, dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito.

Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.

O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.

Para ouvir, acesse o link acima.
(CM)









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