Islamabad (RV) - Um imã - autoridade religiosa muçulmana - foi detido por falsificar
provas contra a adolescente cristã, que é acusada de blasfêmia no Paquistão por, alegadamente,
ter queimado páginas do Alcorão. Segundo a Rádio Renascença, a prisão deu-se depois
de duas testemunhas terem declarado que viram o imã Khalid Chishti colocar folhas
do livro sagrado dos muçulmanos junto a outras folhas que a menor teria queimado.
De acordo com o procurador encarregado do caso, o chefe religioso teria dito a testemunhas
que era uma “maneira de se livrar dos cristãos”.
Rimsha Masih, a menina com
síndrome de Down que não sabe ler nem escrever, foi detida a 16 de agosto. Está marcada
para esta segunda-feira uma nova sessão no tribunal, que pode decretar a sua libertação
sob caução. Segundo um dos responsáveis pela investigação, citado pela agência France
Press, com esta reviravolta o próprio imã poderá ser acusado não só de falsificar
provas, como também de blasfêmia, pois acabou por ser responsável pela queima de folhas
do Alcorão. (SP-RR)