Celebra-se nesta segunda-feira o 12º aniversário de Beatificação dos Pontífices Pio
IX e João XXIII
Cidade do Vaticano (RV) - Era 3 de setembro de 2000 quando João Paulo II, no
ano do Jubileu, proclamou beatos Pio IX e João XXIII. Dois Pontífices distantes entre
si no tempo, mas muito parecidos e próximos na devoção a Maria, Mãe de Jesus, e por
terem promovido as tentativas de reforma da Igreja Católica, as tentativa mais importantes
dos últimos séculos: o Concílio Vaticano I, em 1869, e o Concílio Vaticano II, em
1962.
O Beato Pio IX, no século Giovanni Maria Mastai Ferretti, nascido em
Senigallia – região italiana das Marcas – em 13 de maio de 1792, foi eleito à Cátedra
de Pedro em 1846, aos 54 anos de idade, como sucessor do Papa Gregório XVI.
O
seu Pontificado durou 32 anos, um dos mais importantes e longos da história – segundo
mais duradouro após o de São Pedro –, durante o qual teve que enfrentar as correntes
anticlericais que se haviam difundido na Europa a partir da revolução francesa e que
caracterizaram todo o Séc. XIX.
Dentre os muitos aspectos que caracterizam
o Pontificado de Pio IX destacam-se a definição do dogma da Imaculada Conceição de
Maria, proclamado em 8 de dezembro de 1854, e o Concílio Vaticano I, aberto em Roma
em 8 de dezembro de 1869, durante o qual foi promulgado o dogma da infalibilidade
do Papa quando, como mestre da fé e da vida cristã, este ensina "ex cathedra" com
a autoridade de Cristo, como doutor universal da Igreja.
O Beato João XXIII,
no século Angelo Roncalli, nascido em Sotto il Monte – norte da Itália – em 25 de
novembro de 1881, foi eleito Pontífice em 1958, aos 77 anos de idade. Um marco fundamental
do seu Pontificado foi a abertura, em 11 de outubro de 1962, do Concílio Vaticano
II, anunciado em 1959, um ano após a sua eleição, do qual este ano se celebra o 50º
aniversário.
O Concílio representou um evento histórico fundamental para a
Igreja de Roma, que saiu dele fortemente renovada. Roncalli fora imaginado como um
Papa de transição que anos mais tarde seria esquecido, mas, por um desígnio providencial
de Deus, a juventude da Igreja realizou-se justamente mediante a obra de um Pontífice
ancião cujo Pontificado durou apenas 5 anos. A sua espiritualidade, assim como para
Pio IX, tinha as suas raízes em Maria, Mão de Jesus.
"O bom Papa João" exortava
os fiéis a rezarem o Terço todos os dias, convidando-os à oração a Maria ao entardecer,
em suas casas, com as famílias reunidas. (RL)