Estima e gratidão ao Cardeal Martini: unânime afeto ao purpurado morto nesta sexta-feira
Milão (RV) - Continuam incessantes, nestas horas, as muitas manifestações de
afeto e atestação de estima e gratidão ao Cardeal Carlo Maria Martini, falecido na
tarde desta sexta-feira na casa dos jesuítas em Gallarate, na província de Varese
– norte da Itália –, aos 85 anos. O Papa definiu-o "caro irmão" e "insigne pastor".
Desde
o meio-dia deste sábado, o corpo do purpurado está sendo velado na Catedral de Milão.
Acolhido com caloroso e prolongado aplauso, o corpo do Cardeal Martini permanecerá
exposto para a última saudação dos fiéis, até esta segunda-feira, com a catedral milanesa
permanecendo aberta também durante a noite numa longa vigília de oração e cantos.
O corpo estará exposto ao público até o meio-dia desta segunda-feira. A missa exequial
será celebrada às 16h locais.
Ao término das exéquias – da qual participará
também o premier italiano Mario Monte –, o purpurado será sepultado na catedral milanesa,
num túmulo colocado aos pés do altar da Cruz de São Carlos Borromeu.
O Cardeal
Martini nasceu em Turim – noroeste da Itália – em 15 de fevereiro de 1927. Entrou
na Companhia de Jesus com apenas 17 anos, tornou-se sacerdote aos 25 – em 13 de julho
passado celebrou 60 anos de ordenação sacerdotal. Foi o primeiro reitor do Pontifício
Instituto Bíblico e, depois, foi reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana.
João
Paulo II nomeou-o arcebispo de Milão em 1979, estando à frente da arquidiocese até
2002. Insigne biblista, dentre as iniciativas mais importantes recordamos a criação,
na arquidiocese, da "Escola da Palavra" para, com o método da Lectio divina,
aproximar os leigos das Sagradas Escrituras. (RL)