Luanda (RV) - A Igreja Católica terá 18 observadores nas eleições gerais de
sexta-feira, 31, em Angola, anuncia o jornal ‘O Apostolado’, publicação da Conferência
Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
“É a primeira vez em três eleições
que a Comissão Nacional Eleitoral solicita a observação do pleito por representantes
da Igreja Católica, religião professada pela maioria dos angolanos e elo importante
da reconciliação e pacificação de Angola” - refere o diário.
A Comissão Justiça
e Paz da CEAST vai coordenar esta missão, sob a direção do Padre Belmiro Tchissengueti,
Secretário Executivo do organismo católico.
Em março deste ano, a Conferência
Episcopal publicou uma nota pastoral para as próximas eleições, pedindo que as mesmas
sejam “livres e justas”.
“A verdade do voto exprime a vontade soberana do povo.
Daí a exigência de um processo eleitoral transparente e de eleições verdadeiramente
livres e justas” - assinalam os bispos.
O documento, publicado na página do
organismo católico na internet, frisa que a eleição dos governantes, “feita livremente
pelos cidadãos, constitui o verdadeiro pilar da democracia” e que este direito cívico
é mesmo um “dever” para a população: “A abstenção constitui uma verdadeira culpa,
não somente anticívica, mas também antipatriótica”.
Aos eleitores, acrescenta
a nota da CEAST, compete conhecer “o programa político de cada partido” e a “competência
dos executores deste programa”.
Os angolanos vão eleger os deputados para a
Assembleia Nacional e o presidente da República.
Neste contexto, os bispos
desejam que os programas dos partidos deem resposta aos “graves problemas da sociedade”
como a pobreza ou o “aumento do fosso entre ricos e pobres”. (CM - Gaudium Press)