2012-08-28 20:38:54

Apelo do Patriarca Bartolomeu I aos poderosos da Terra em favor da salvaguarda da criação


Cidade do Vaticano (RV) - A oração pela "conservação do ambiente natural" é, na realidade, um apelo a Deus para que mude "a mentalidade dos poderosos do mundo e os ilumine a fim de que não destruam o ecossistema do planeta por razões de lucro econômico e de efêmero interesse".

É o que escreve o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I em vista do início do novo ano litúrgico, a ser celebrado em 1º de setembro próximo. Por vontade do Patriarca Demétrio este dia tornou-se um evento anual – partilhado também por outras Igrejas cristãs – para a oração e a reflexão sobre a salvaguarda da Criação.

O Patriarcado Ecumênico sempre distinguiu-se por seu empenho em favor do ambiente. Este ano promoveu em Halki, na Grécia, um Congresso sobre a "Responsabilidade global e a Sustentabilidade ambiental", do qual participaram ambientalistas, cientistas, jornalistas e teólogos do mundo inteiro.

O encontro foi o último de uma série de outros oito congressos internacionais que se realizaram de 1995 a 2009 em lugares altamente significativos do planeta: no Mar Mediterrâneo e Mar Negro, nas adjacências dos rios Danúbio e Amazonas, bem como na região ártica e às margens do Mississipi.

"Sobretudo nestes tempos, observa-se um abuso excessivo dos recursos naturais, com a conseqüente destruição do equilíbrio ambiental" – escreve este ano o Patriarca Bartolomeu.

O que preocupa o Patriarca – mas também "os cientistas, bem como os responsáveis religiosos e políticos" – é "o aumento da temperatura da atmosfera, as condições meteorológicas extremas, a poluição dos ecossistemas, tanto na terra quanto no mar, e a ameaça global – que por vezes chega à destruição total – da possibilidade de vida em algumas regiões do mundo".

"Somos obrigados a admitir que as causas de tais mudanças ecológicas não são inspiradas por Deus, mas processos provocados pelos seres humanos", prossegue o Patriarca. Daí, o apelo ao "arrependimento" que Bartolomeu I dirige não somente aos "poderosos do mundo", mas também a "cada um de nós", porque todos, de certo modo, geram "pequenos danos ecológicos".

Ao dirigir este apelo rezamos a fim de que o Senhor possa falar aos corações de cada um de nós, de modo que o equilíbrio do ambiente que Ele nos ofereceu possa continuar dando os seus frutos quer a nós, quer às futuras gerações", conclui o Patriarca. (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.