2012-08-27 16:35:05

Bispos de Moçambique alertam para maior democracia no país e a que os megaprojectos não se tornem num pesadelo


A Conferência Episcopal de Moçambique denuncia numa nota pastoral as "práticas autoritárias" nos partidos políticos do país e considera que a paz e a democracia podem estar em perigo.
O alerta é deixado na Nota pastoral intitulada “Construir a Democracia para perseverar a Paz” endereçada neste mês de Agosto pelos bispos do país a todas as pessoas de boa vontade. “Não estaremos nós diante de um paradoxo de partidos que retoricamente se declaram defensores da democracia, mas efectivamente, na sua práxis interna e habitual, são autoritários?", pergunta o episcopado. O texto alusivo à celebração dos 20 anos do Acordo Geral de Paz, assinado no dia 4 de outubro de 1992 em Roma, questiona se “não estarão ameaçadas a democracia e a paz”.
Para a CEM, a dinâmica dos partidos políticos moçambicanos, ou "uma boa parte deles", é imposta pelas lideranças, em detrimento do livre pensamento.
"Não terão muitos membros dos partidos políticos medo de expressar a própria opinião, quando difere da elite dirigente?", indagam os bispos católicos moçambicanos. Os prelados lançam também um olhar sobre a vaga de descobertas de recursos minerais em Moçambique e manifestam-se preocupados com o risco de essa riqueza se poder converter em "pesadelo"."Se vierem a faltar a sabedoria, a prudência e políticas justas e clarividentes na sua exploração, os recursos naturais podem tornar-se em pesadelo", alerta a CEM, na nota a que mais relevo no nosso programa de sexta-feira para a África.








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