A recordação dos 34 anos da morte de João Paulo I, o "Papa do sorriso"
Cidade do Vaticano (RV) - No dia 26 de agosto de 1978, 34 anos atrás, era escolhido
à Cátedra de Pedro o então Patriarca de Veneza, Cardeal Albino Luciani, que tomou
o nome de João Paulo I, em homenagem aos seus dois ilustres predecessores: João XXIII
e Paulo VI, que tinha falecido 20 dias antes. O “Papa do sorriso” foi encontrado morto
no seu leito na manhã de 28 de setembro, apenas 33 dias após a sua eleição, mas a
brevidade do seu Pontificado não ofusca a grandeza.
Em um longo artigo assinado
por Dom Vincenzo Bertolone, Arcebispo metropolita de Catanzaro-Squillace e biógrafo
de Papa Luciani, o jornal vaticano L’Osservatore Romano recordou neste domingo o seu
legado e o seu convite aos fiéis a tomarem cada vez mais consciência das suas responsabilidades
e a serem testemunhas da fé.
No seu discurso “urbi et orbi”, João Paulo I reafirmou
à Igreja que o seu primeiro dever era o da evangelização e exortou a continuar o esforço
ecumênico. No discurso de 10 de setembro, dirigido aos representantes da imprensa
internacional, pediu a eles que “se aproximassem mais dos seus semelhantes para perceber
melhor a ânsia de justiça, paz, de fraternidade, e instaurar com eles vínculos mais
profundos de participação, de entendimento e de solidariedade em vista de um mundo
mais justo e humano”.
Os quatro discursos da audiência geral da quarta-feira
do “Papa humilde”, foram, precisamente, concentrados no tema da humildade, da fé,
da esperança e da caridade, e pronunciados com um estilo todo pessoal que fez emergir
imediatamente a vocação do Santo Padre à missão pastoral e catequética.
Outros
nomes com os quais é recordado, de fato, são “Papa catequista” e “Papa pároco do mundo”,
sublinhando assim o seu amor pela catequese, entendido como paixão comunicativa a
serviço da verdade cristã e não como forma reduzida de evangelização.
Neste
ano celebra-se ainda o centenário do nascimento do “Sorriso de Deus”: Papa Luciani,
de fato, nasceu em Canale d’Agordo, na Província de Belluno, em 17 de outubro de 1912
e nos locais de sua origem já tiveram início os festejos com exposições de arte sacra
e encontros a ele dedicados. (SP)