Cidade do Vaticano (RV) - Em artigo publicado no L'Osservatore Romano, com
o título de “A grandeza de crer”, Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho
para a Nova Evangelização, recorda várias intervenções de Bento XVI que são de grande
atualidade. O arcebispo afirma que “não se pode falar de Fé como se tratasse de fórmulas
químicas sabidas e decoradas à memória. Sem dúvida, se falta a força da opção sustentada
por confrontação com a verdade sobre a própria vida, tudo se racha. A força da Fé
é a alegria de um encontro com a pessoa viva de Jesus Cristo que transforma a vida.
Saber dar razão a isso, permite aos crentes serem novos evangelizadores em um mundo
que muda”.
A coerência entre aquilo que se crê e a vida diária é lembrada
por Dom Fisichella, uma vez que vivemos em uma época em que os modelos e exemplos
a seguir são cada dia mais necessários. Os jovens de hoje procuram seguir alguém.
Esse alguém, com maiúscula, é Jesus Cristo, mas, também é verdade que eles O seguirão
com mais facilidade na medida em que seus discípulos sejam críveis.
“O mundo
contemporâneo - afirma o arcebispo - tem fome de testemunhos. Sente uma necessidade
vital de testemunhos porque procura coerência e lealdade”, pois, - conclui ele -,
“uma fé que suporta as razões do coração é mais convincente, porque contem a força
da credibilidade. Assim, o desafio é poder conjugar a fé vivida com sua inteligência
e vice versa”.
Saber raciocinar aquilo que se crê e manifestar as razões pelas
quais se crê é sem dúvida umas das tarefas pendentes em muitos cristãos. Porque, como
bem assinala Dom Fisichella, “sem uma sólida reflexão teológica capaz de apresentar
as razões de crer, a opção do crente é fraca. Fica numa repetição de fórmulas ou de
celebrações, porém não mantém a força da convicção. Não é só uma questão de conhecimento
de conteúdos, mas de liberdade”. (SP)