Angola: cidadãos do país lusófono são chamados às urnas para as eleições gerais de
31 de agosto
Luanda (RV) - Nove presidenciáveis serão os protagonistas das eleições gerais
de 31 de agosto em Angola, onde seus cidadãos são chamados às urnas pela terceira
vez desde a independência do país africano, ocorrida em 1975.
Ex-colônia portuguesa,
Angola viveu em guerra por 40 anos, com mais de 1 milhão de mortes. A economia, baseada
na exploração de petróleo e de diamantes, dá sinais de recuperação. No entanto, os
indicadores sociais não refletem o crescimento econômico: o país é gravemente afetado
pela desnutrição e mortalidade infantil.
Terra de origem da maioria dos escravos
levados para o Brasil, a nação situa-se no sudeste da África e integra a Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Seu primeiro presidente foi o poeta
Agostinho Neto, falecido em setembro de 1979, sendo sucedido pelo então ministro do
Planejamento, José Eduardo dos Santos, no poder até hoje e mais uma vez candidato
à reeleição.
Sendo um país marcado por uma frágil e recente democracia, as
ruas de Angola encontram-se todas enfeitadas com bandeiras e cartazes. Nove partidos
fazem as suas campanhas e apelam ao voto.
De fato, a dez dias do pleito eleitoral,
os angolanos veem desfilar promessas, mas – além dos já citados – os problemas são
os de sempre: falta de empregos, falta de habitação e falta de abastecimento regular
de água e energia.
Segundo o jurista e presidente do Centro de Estudos Populorum
Progressio em Angola, Domingos das Neves, de uma forma geral a nação está caminhando
de forma saudável para as eleições. Entrevistado pelo colega Filomeno Lopes – do "Programa
Português" da Rádio Vaticano –, Domingos das Neves falou-nos sobre o clima pré-eleitoral
no país: (RL)