2012-08-17 11:54:05

Família, a vocação dos avós


Rio de Janeiro (RV) - Entre os dias 12 e 18 de agosto, o Portal da Arquidiocese do Rio está aprofundando a vocação de cada membro da família. Na Semana Nacional da Família, o objetivo da iniciativa da Arquidiocese é valorizar o ambiente familiar e o ser humano e incentivar a família a ser educadora dos valores da Igreja. Nesta quinta-feira, 16 de agosto, o especial tratou do papel dos avós.

Iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Semana tem a finalidade de refletir, rezar e auxiliar as famílias na vivência diária da fé e na superação dos obstáculos comuns ao nosso tempo, que atentam contra os valores da família.

Para Bento XVI, “os avós são nas famílias muitas vezes testemunhas dos valores fundamentais da vida”. Em uma recente alocução, afirmou que “o papel educativo dos avós é sempre muito importante e torna-se ainda mais quando, por várias razões, os pais são incapazes de dedicar o tempo adequado a seus filhos”.

Em qualquer idade, ser avó (ô) é uma arte que só quem vive dela sabe explicar. Ser avó (ô) não é simplesmente ser pai ou mãe duas vezes. Ser avó (ô) é uma graça divina. É receber a mesma benção que Sant’Ana e São Joaquim receberam e, através disso, fazer com que o verdadeiro valor da família se propague pelos lares em forma de sublime afeto.

Para o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, a terceira idade não tem um inicio cronológico.

“Andar cada dia irradiando esperança do céu e transmitindo as experiências da terra; pensar no que fez de bom ao longo da vida para agradecer a Deus, no que fez de errado na vida para buscar o perdão de Deus, e no que ainda pode fazer de útil para pedir a Deus forças vitais... isto é o que torna a terceira idade uma feliz idade ou a felicidade de viver até dizer, como Jesus Cristo: “tudo está consumado”, perfeitamente terminado, só resta esperar o encontro com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, afirmou.

Membro do grupo de psicólogos católicos, a Dra. Sheilah Kellner, afirma que, nos dias de hoje, na maioria das vezes, há uma inversão de valores na família quando se diz respeito aos idosos.

“Vemos, por exemplo, que sua caminhada do início do século passado para o atual, as famílias, paulatinamente, por razões meramente econômicas, reduziram substancialmente de tamanho. Se antes os mais velhos — os avós, as tias, respeitados por sua idade e valores familiares e de tradição — faziam parte permanente de sua estrutura social e espiritual, por volta de meados deste último século, passam cada vez mais a estarem esparsos em núcleos menores. Na maioria deles os mais velhos vão, depois de certo tempo, ficando mais isolados, em outros são, por questões no mais das vezes econômicas, permanecendo agregados às famílias que estão na fase produtiva. Outras vezes, veremos o contrário, os casais mais jovens permanecem junto ao núcleo de origem devido às mesmas questões: os mais velhos constituindo-se em provedores da família”, pondera.

“Os avós trazem o sentido da continuidade e da estabilidade numa sociedade onde os jovens convivem diariamente com o descartável, por isso não podem ser esquecidos. Avós são anjos, um presente para a humanidade! Carregam em si a memória coletiva, são intérpretes privilegiados daquele conjunto de ideais e valores humanos que mantêm e guiam a convivência social”.
(CM)








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