2012-08-13 12:40:06

Apelo pelo fim do tráfico de seres humanos no Sinai


Roma (RV) - Os Ordinários Católicos da Terra Santa (Aocts) expressaram “profunda preocupação” pelo tráfico de pessoas no Sinai, e “sobre o destino dos africanos requerentes de asilo, que foram sequestrados durante a sua passagem pelo Sinai”. Conforme relatado pela agência Sir, o apelo foi assinado por vinte líderes religiosos católicos, entre os quais, Dom Fouad Twal, Patriarca latino de Jerusalém, Padre Pierbattista Pizzaballa, Custódio da Terra Santa, Dom Giorgio Lingua, Núncio Apostólico no Iraque, e Dom Antonio Franco, Núncio em Israel.

“Nos últimos dias registraram-se mudanças dramáticas na situação no Sinai. Com o envio de tropas egípcias, após incidentes violentos na fronteira egípcio-israelense, abriu-se uma oportunidade que poderia acabar com essa chaga, que são as prisões e os campos de tortura no Sinai”. “As autoridades egípcias – continua a declaração – declararam que não são capazes de agir nesta área “sem lei” do Sinai e contra os grupos de criminosos que se aproveitam dos requerentes de asilo africanos.

Apesar da crescente pressão internacional, os funcionários egípcios têm repetidamente explicado que devido às restrições dos Acordos de Camp David de 1978, e à desmilitarização da área, o Egito não pode tomar as medidas necessárias. “Esta imobilidade do governo central deu lugar a campos de tortura”.

A situação hoje poderia, no entanto, mudar: para os ordinários católicos “o recente envio de forças permite às autoridades fechar os campos e garantir que o tráfico humano seja detido. Neste momento, há ainda centenas de pessoas (principalmente do Sudão e da Eritreia) presas nesses campos no Sinai. São torturadas (penduradas, queimadas com ferros quentes, eletrocutadas e sistematicamente violentadas). Tudo isso foi documentado por ativistas que lutam pelos direitos humanos”.

“A mensagem conclui com o apelo para que “o grito dos oprimidos seja ouvido por aqueles que hoje têm a possibilidade de libertá-los do cativeiro”. Este não é o primeiro apelo contra o flagelo do tráfico de seres humanos no Sinai. No último dia 20 de março foi lançado outro apelo reiterando as palavras de Bento XVI de 5 de dezembro de 2010 nas quais o Papa exortava a comunidade internacional a prestar atenção “às vítimas de traficantes e criminosos, aos reféns eritreus e de outras nacionalidades no deserto Sinai”. Naquela primeira mensagem os Ordinários Católicos da Terra Santa pediam às autoridades de Israel e Egito que “intensificassem os esforços para combater o tráfico humano no Sinai”. (SP)








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