2012-08-12 17:08:57

Angelus: Papa lançou apelo à solidariedade para com povos asiáticos atingidos por chuvas torrenciais e terramoto, e reflectiu sobre o pão para o corpo e para o espírito


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Como habitualmente aos domingos (também neste período de Verão em Castelo Gandolfo), Bento XVI assomou, ao meio dia, à varanda da sua residência estiva, para rezar juntamente com os fieis ali congregados, a oração mariana do Angelus.
O Papa recordou as vítimas das chuvas torrenciais nas Filipinas e na China e do terramoto no Irão, pedindo orações e gestos de solidariedade para com eles.
Mas, ainda antes disso, teceu algumas reflexões sobre o sexto capítulo do Evangelho de São João que se tem vindo a apresentar na liturgia dominical e que nos coloca perante a questão do pão que sacia a fome física e o que sacia a fome espiritual.
Depois do milagre dos pães e dos peixes, Jesus dirigiu-se à multidão que tinha saciado, procurando fazer-lhe compreender o significado profundo desse milagre, predispondo-os ao anuncio de que Ele é o pão descido dos céus que sacia a fome de forma definitiva, mantendo-nos em vida para sempre.
“Ele é a comida que dá a vida eterna, porque é o Filho unigénito de Deu, que está no seio do Pai, vindo para dar ao homem a vida em abundância, para o introduzir na própria vida de Deus.”

Mas os israelitas não perceberam isso. Não conseguiram ir para além da origem terrena de Cristo e recusaram-se a acolhê-Lo como a Palavra de Deus feito carne. Comentando isto - disse o Papa – Santo Agostinho dizia que não sentiam a fome porque tinha a boca do coração doente, eram incapazes de sentir a fome de Deus. E acrescentou Bento XVI:

Somente quem é atraído por Deus Pai, quem o escuta e se deixa instruir por Ele, pode acreditar em Jesus, encontrá-Lo e nutrir-se d’Ele para ter a vida em plenitude, a vida eterna”

O Senhor - continuou o Papa citando Santo Agostinho - disse que era o Pão descido dos Céus e nos exortou a acreditar n’Ele. Com efeito, comer o Pão vivo, significa acreditar n’Ele.

Quem acredita come; de forma invisível é saciado, assim como de forma invisível renasce. Renasce interiormente, no seu intimo torna-se um homem novo”

O Papa concluiu invocando Nossa Senhora para que nos guie ao encontro com Jesus, para que a nossa amizade com Ele seja cada vez mais intensa, e nos introduza na plena comunhão de amor com o seu Filho, pão vivo descido dos céus, por forma a sermos renovados interiormente por Ele.

Depois da oração do Angelus, como dizíamos, o Papa elevou o pensamento às populações asiáticas, pedindo orações e solidariedade para com eles. Ouçamos as suas palavras:

O meu pensamento vai, neste momento, às populações asiáticas, de modo particular das Filipinas e da República Popular Chinesa, duramente atingidas por chuvas violentas, assim como também àquelas do Noroeste do Irão, atingidas por um violento terramoto. Estes eventos provocaram numerosas vítimas e feridos, milhares de deslocados e ingentes prejuízos. Convido-vos a unir-vos à minha oração para quantos perderam a vida e para todas as pessoas afectadas por tão devastadoras calamidades. Que não falte a esses irmãos a nossa solidariedade e o nosso apoio.”







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