Washington (RV) – São milhares nos Estados Unidos os filhos de imigrantes obrigados
a cumprir medidas judiciais restritivas ou de expulsão por violaram as leis em matéria
de imigração, abrigados em especiais estruturas e, portanto, sem o contato com os
pais. Para favorecer o processo de reunificação dos núcleos familiares, os bispos
católicos se uniram aos representantes de mais de uma centena de organizações humanitárias,
com o objetivo de promover a aprovação do “The Help Separated Families Act”.
Trata-se
– informa o jornal vaticano L’Osservatore Romano – de um projeto de lei atualmente
em discussão no Congresso que visa garantir aos menores a integração social e, sobretudo,
dar-lhes o necessário apoio por parte dos pais, evitando assim, o quanto possível,
os momentos “traumáticos” passados dentro de estruturas de acolhida mantidas pelo
Estado.
O projeto de lei – explicam os promotores – serve para enfrentar o
fenômeno migratório não só do ponto de vista burocrático, mas, sobretudo, humanitário.
De acordo com alguns dados seriam pelo menos 5 mil crianças que se encontram nestas
condições. Para os promotores, a lei constitui “um passo avante significativo para
eliminar as barreiras à reunificação das famílias”.
Há muito tempo, o Episcopado
católico insiste para que as autoridades federais aprovem uma norma legal abrangente
sobre a imigração na qual, segundo os bispos, é preciso prever também itens que salvaguardem
a unidade das famílias dos imigrantes.
O Arcebispo de Los Angeles, Dom José
Horácio Gómez, que é também Presidente do Comitê das Migrações da Conferência Episcopal,
afirmou em várias ocasiões que o Episcopado vai continuar lutando pela aprovação da
reforma abrangente e justa do sistema migratório, renovando o apelo ao Congresso “para
que assuma suas responsabilidades”. (SP)