2012-07-30 12:11:49

Luzes e sombras da Rio+20


Genebra (RV) – Luzes e sombras: assim, se poderia sintetizar o juízo expresso num comunicado publicado pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) em mérito aos resultados da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Unscd) Rio+20, que se realizou de 20 a 22 de junho no Rio de Janeiro.

Partindo das “sombras”, no comunicado se destaca que vários representantes de comunidades religiosas e da sociedade civil “expressaram desapontamento pela falta de visão e de ambição” dos participantes.

Cita-se o comentário do responsável do CMI pelo Programa sobre a Criação e a Justiça Climática, Guillermo Kerber, que destaca que o documento final da Rio+20 “não reflete a urgência das ameaças à vida sobre a terra assim como são apresentadas pela comunidade científica”. Kerber acrescenta que “a comunidade internacional, não tendo sido capaz de alcançar o consenso, optou pelo mínimo denominador comum, evitando questões controvertidas “. E como resultado, conclui, “a terra e os mais vulneráveis saem perdendo”.

Passando às luzes, se observa que, não obstante essas sombras, houve alguns aspectos positivos na Rio+20, como a ampla citação dos direitos, entre os quais o direito à água.

O CMI coordena, entre outras coisas, a Rede ecumênica para a água, que é um organismo que representa várias comunidades e ongs. O documento recorda que “água é vida. O direito à água é o direito à vida. Ainda hoje, porém, bilhões de pessoas em todo o mundo não têm suficiente acesso à água potável”.
(BF)







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