2012-07-29 15:10:01

Franciscanos no mundo luso-hispânico: história, arte e patrimônio


Lisboa (RV) – O provincial da Ordem Franciscana em Portugal, Fr. Vitor Melicias, sublinhou este sábado em Lisboa a importância de reavivar o espirito de Assis numa sociedade onde os interesses financeiros se sobrepuseram ao primado do humanismo.

Em declarações à Agência Ecclesia, no encerramento do Congresso Internacional “Os Franciscanos no Mundo Luso-Hispânico: História, Arte e Patrimônio”, o responsável pela Congregação dos Frades Menores desafiou “irmãos e irmãs” a “irem pelo mundo” e a promoverem a “construção de um destino comum” entre os homens.

“Vivemos uma profunda crise, que tem expressão na economia, na política, mas é fundamentalmente uma crise de valores. A espiritualidade franciscana pode ajudar a humanidade a encontrar um caminho e um horizonte para a dispersão em que se encontra”, frisou o sacerdote, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa.

Fundada em 1209 por São Francisco de Assis, a congregação teve um papel essencial na difusão do cristianismo e na criação de pontos de contato entre povos, durante a época dos Descobrimentos.

Segundo o padre Vitor Melícias, naquele tempo, que a Ordem designou como a primeira globalização, “a mística franciscana era a mística do encontro, da fraternidade, de uma descoberta mas para encontrar, para partilhar o futuro com as diferentes culturas, com os povos, até com as diferentes crenças que iam encontrando”.

“Na segunda globalização que estamos a viver, esse encontro torna-se ainda mais urgente”, defendeu o provincial, que pediu aos religiosos que se pautem sobretudo por uma “atitude de empatia com o mundo” e que tenham a capacidade de, inseridos na “realidade concreta” de cada povo, "colocarem na ribalta" o valor da fraternidade e abrirem caminhos para um futuro melhor.

“Pode até não ser fácil, mas o franciscano é pela sua natureza, pela sua lógica, um guardião da esperança”, salientou.

O Congresso Internacional sobre a Ordem Franciscana, promovido pela Sociedade de Geografia de Lisboa, tinha como principal objetivo revisitar um conjunto de marcos religiosos, sociais e culturais que a congregação ergueu durante oito séculos de história e, mais especificamente, a partir da expansão luso-hispânica.
(BF-Ecclesia)







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