Populorum Progressio: reforçar a solidariedade do Papa para com a América Latina
Bogotá (RV) – Multiplicação de projetos e mudanças nos estatutos: esta foi
a reunião do Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio, do Pontifício
Conselho Cor Unum, que se concluiu-se esta sexta-feira, na sede da Conferência Episcopal
Colombiana, em Bogotá.
Este ano, foram apresentados 203 projetos, provenientes
de 19 países, num total de quase três milhões de dólares.
Dos 59 projetos
apresentados pelo Brasil, 48 foram aprovados, como nos explica, diretamente de Bogotá,
o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger:
O que foi
muito positivo, em primeiro lugar – esta foi a minha experiência –, é de que há uma
Igreja realmente voltada com o seu olhar para os mais necessitados. Na verdade, a
Comissão Populorum Progressio eu diria que é um braços sociais do Papa, um dos braços
da caridade do Papa para com os mais pobres da América Latina e do Caribe, particularmente
os índios, os camponeses e os afrodescendentes. A partir dessa caridade, o próprio
Papa procura obter meios de ajudar através da Comissão, que recebe os projetos praticamente
de todos os países da América Latina e do Caribe, e dentro daquela verba que se tem,
se procura atender.
Do Brasil, eram 59 projetos. Poderão ser atendidos
48, nem sempre na quantia solicitada, porque com essa multiplicação de projetos, havia
mais de 200, então tem que ver quais podem ser atendidos e quanto é possível atender.
Depois
dessa constatação de que o número de pedidos está aumentando e de que as verbas não
são suficientes, refletimos muito sobre a possibilidade e a necessidade de divulgar
mais a função da Comissão Populorum Progressio para receber ajudas. Há muita gente
que quer ajudar e quer que sua contribuição seja bem empregada e, às vezes, não sabe
como. Então temos que divulgar para as pessoas saberem que poderão ajudar com essa
maneira que o Papa tem de fazer chegar aos mais pobres a sua ajuda a partir daquilo
que ele, Papa, recebe do nosso povo.
Depois, vimos também a necessidade
de mudar os estatutos, porque esta Comissão já tem 20 anos e os estatutos foram feitos
quando ainda era uma ideia. Vinte anos de experiência fizeram ver que muitas coisas
podem ser mudadas para melhor, porque a ideia é fazer com que esta Comissão funcione
mais e mais, porque sentimos isso, foi uma experiência forte, e para mim, participando
da primeira experiência, a gente sentiu como são grandes, imensas, as necessidades
entre esses mais pobres. E sabemos que de muitos e muitos países poderão vir mais
pedidos e o dever de ajudar todo mundo que for possível ajudar. (BF-RB)