2012-07-23 18:47:06

Papa exorta Institutos seculares a abraçarem com caridade as feridas do mundo e da Igreja


Cidade do Vaticano (RV) - Os Institutos seculares alimentem "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo" abraçando "com caridade as feridas do mundo e da Igreja".

Esse é o cerne da mensagem enviada por Bento XVI aos membros dos Institutos Seculares, reunidos em Assis – região italiana da Úmbria – até a próxima quinta-feira, dia 26, em seu Congresso dedicado ao tema "À escuta de Deus 'nos sulcos da história': a secularidade fala à consagração".

"Homens e mulheres capazes de um olhar profundo e de bom testemunho dentro da história": assim o Papa define os consagrados na mensagem a eles enviada através do Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone.

Num tempo como o atual, que "apresenta à vida e à fé profundas interrogações", olhando para o Espírito Santo os consagrados podem seguir a sua vocação, ou seja, "estar no mundo assumindo todos os seus pesos e os seus anseios, com um olhar humano que coincida sempre mais com o olhar divino", escreve o Santo Padre.

De fato, nesse sentido – ressalta o Pontífice –, a identidade dos consagrados revela a sua importante missão na Igreja, isto é, "ajudar a realizar o seu estar no mundo", porque mediante "a teologia da história, parte essencial da nova evangelização", os homens de hoje podem reencontrar aquele olhar "verdadeiramente livre e pacífico sobre o mundo", de que têm necessidade.

Daí, o chamado central que o Papa faz ao fato que "a relação entre Igreja e mundo" deve ser vivida "no signo da reciprocidade", de modo que "não é somente a Igreja quem dá ao mundo, contribuindo para tornar os homens e a sua história mais humanos, mas "também o mundo dá à Igreja", de modo que ela possa compreender melhor a si mesma" e "viver melhor a sua missão".

Depois, Bento XVI indica três âmbitos específicos para os quais os Institutos seculares devem voltar a sua atenção: a "doação total ao encontro pessoal com o amor de Deus"; a "vida espiritual", definida um ponto firme e irrenunciável que implica o "reconduzir a Cristo todas as coisas", e que se alimenta na oração e na escuta da Palavra de Deus, para construir esperança e confiança.

Por fim, o Papa evoca a importância da formação, entendida como a educação para "aquela sabedoria que tem sempre consciência da centralidade humana e da grandeza do Criador".

Bento XVI evidencia que esse tipo de cultura torna leigos e presbíteros "capazes de se deixar interrogar pelas complexidades do mundo" de hoje e de "empenhar-se num discernimento da história à luz da Palavra de Vida".

Daí, as exortações que o Papa lança aos Institutos seculares, ou seja: ser "disponíveis a construir percursos de bem comum, sem soluções pré-confeccionadas", sempre prontos a arriscar; ser criativos segundo o Espírito Santo; alimentar "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo"; "abraçar com caridade as feridas do mundo e da Igreja".

No fundo, o objetivo é "viver uma vida alegre e repleta, acolhedora e capaz de perdão, porque fundada em Jesus Cristo". (RL)







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