Amazônia: o justo reconhecimento dos povos indígenas
Santarém
(RV) - Cerca de mil pessoas participaram, em Santarém (PA), do 10º Encontro dos
Bispos da Amazônia, que celebrou os 40 anos do Documento de Santarém. Os bispos reafirmaram
na celebração a tônica do documento que ratifica o compromisso da Igreja com os povos
da Amazônia e a defesa da ecologia.
“A Amazônia continua sendo um apelo à Igreja,
um lugar permanente de missão” - sentenciou Dom Cláudio Hummes, cardeal Presidente
da Comissão Episcopal para a Amazônia, que presidiu a celebração. Segundo ele, a região,
por suas características próprias, requer uma atitude profética da Igreja, sobretudo
considerando que estas terras sempre foram vistas como uma fonte de riquezas exploradas
continuamente.
O profetismo, disse o Cardeal, exige atitudes que estão relacionadas
à promoção humana. “A promoção humana faz parte da evangelização e para que isso aconteça
é necessário combater toda forma de opressão sobre o povo”. Dom Cláudio ressalta a
atualidade do Documento assinado há 40 anos:
Já Dom Esmeraldo de Farias, arcebispo
de Porto Velho, ressalta o papel dos leigos na atuação da Igreja amazônica:
Para
Dom Esmeraldo, os povos indígenas emergiram e precisam ser reconhecidos em suas lutas.