2012-07-15 17:22:10

Papa na missa em Frascati: o anúncio de Cristo busca a verdade, não o consenso


Frascati (RV) - A Igreja não prega aquilo que os homens querem ouvir, mas a verdade e a justiça. É uma das passagens de Bento XVI na homilia da missa celebrada na manhã deste domingo em Frascati – próximo a Castel Gandolfo – com a participação de oito mil fiéis.

Uma visita que se realizou à distância de 32 anos da de João Paulo II. Encontrava-se presente na celebração também o Cardeal Secretário de Estado Tarcísio Bertone, bispo titular da diocese tuscolana.

A Praça São Pedro de Frascati acolheu o Papa na visita à cidadezinha do Lácio que, depois de Roma, foi a que mais deu pontífices para a Igreja.

Coincidências importantes que ressaltam um laço de afeto estreito e forte: não por acaso, o Santo Padre falou de uma visita feita "para partilhar alegrias e esperanças, fadigas e compromissos, ideais e aspirações".

"Graças a Deus – acrescentou – que me mandou hoje aqui para anunciar novamente a vocês essa Palavra de salvação." E a reflexão do Pontífice desenvolveu-se em torno da missão dos Apóstolos, os "enviados", os "mandados":

"O fato de Jesus chamar alguns discípulos para colaborar diretamente com a sua missão manifesta um aspecto de seu amor: Ele não desdenha a ajuda que outros homens podem dar à sua obra; conhece os seus limites, as suas fraquezas, mas jamais os despreza, pelo contrário, confere-lhes a dignidade de serem seus enviados."

Uma missão que requer algumas instruções: o ser desapegado ao dinheiro e às comodidades e levar em consideração a possibilidade de serem rejeitados, inclusive perseguidos.

"Eles devem falar em nome de Jesus sem se preocupar em ter sucesso", disse o Santo Padre. Como aconteceu com o profeta Amós, chamado por Deus para pregar contra os abusos e as injustiças, expulso pelo sacerdote Amasias. Uma rejeição que mantém a sua missão intacta.

"Ele continuará profetizando – ressaltou o Papa –, pregando aquilo que Deus disse e não aquilo que os homens queriam ouvir":

E esse continua sendo o mandato da Igreja: não pregar aquilo que os poderosos querem ouvir. O critério dos discípulos é a verdade e a justiça, mesmo que se esteja contra os aplausos e contra o poder humano." (RL)







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