2012-07-13 13:31:08

Santa Sé pede ratificação do Tratado de Comércio de Armas


Nova Iorque (RV) – Está em andamento na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a Conferência sobre o Tratado de Comércio de Armas.

Nos dias passados, o Chefe da Delegação vaticana, Dom Francis A. Chullikatt, fez seu pronunciamento ressaltando que a Santa Sé continua a acreditar que um Tratado de Comércio de Armas pode fazer uma diferença importante para milhões de pessoas que se confrontam diariamente com a privação, a insegurança e o medo relacionados com a transferência não regulamentada e irresponsável de armas e munições.


“Dentro dessa perspectiva, a Santa Sé deseja reiterar a visão de que o principal objetivo do Tratado não é apenas a regularização do comércio de armas convencionais, mas é, acima de tudo, o desarmamento do mercado ilícito internacional. Isto tem de ser salientado, de modo a colocar a pessoa humana no centro deste Tratado.”

Para Dom Chullikatt, o debate em torno deste tema deu a oportunidade para salientar mais uma vez o impacto pernicioso do comércio ilícito de armas sobre o desenvolvimento, a paz, os direitos humanos. “Armas não podem simplesmente ser comparadas a outras mercadorias. Elas precisam de uma regulamentação especializada, capaz de prevenir, combater e erradicar o comércio ilícito e irresponsável de armas convencionais. Este esforço exige o envolvimento de todos os membros da comunidade internacional: Estados e organizações internacionais, ONGs e o setor privado.”


Outro ponto mencionado por Dom Chullikatt foi assistência às vítimas, que deve ser mantida e, se possível, reforçada.

Controlando a proliferação de armas e reduzindo seu comércio global, que alimenta conflitos e instabilidade, diminui-se consequentemente o número de vítimas, que poderiam receber uma assistência mais digna. A redução da demanda por armas pode ser alcançada através de iniciativas e programas educacionais de conscientização pública envolvendo todos os setores da sociedade, inclusive organizações religiosas.

Por fim, Dom Chullikatt reitera que a Santa Sé não poupará qualquer esforço para implementar e promover atividades destinadas a difundir uma cultura de paz e contrastando uma cultura da criminalidade e da violência através de programas educativos e de conscientização pública.

(BF)







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