Serviço Jesuíta para Refugiados adere à Campanha contra estupro como arma de guerra
Roma (RV) - O Serviço Jesuíta para Refugiados (JRS) aderiu oficialmente à Campanha
Internacional para Acabar com o Estupro e a Violência de Gênero em Conflito.
Um
grande número de refugiados e deslocados internos sofre violência sexual ou baseada
no gênero em suas casas, enquanto foge e quando chega a novas comunidades, seja na
área urbana, seja em áreas rurais. Presente em mais de 50 países do mundo, as equipes
JRS são muitas vezes testemunhas destas atrocidades.
"Nossa prioridade atual
é divulgar esta nova iniciativa e encontrar soluções inovadoras para este crime hediondo,
que afeta um número cada vez maior de mulheres e meninas a cada ano", declarou a Coordenadora
Jurídica Internacional da JRS, Amaya Valcárcel.
Na sequência da decisão tomada
em 2011 pelos 10 diretores regionais do JRS para eleger a luta contra violência sexual
e de gênero como uma prioridade, a organização vem buscando maneiras de aumentar a
sensibilização pública sobre esta questão.
"Nos últimos anos, um enorme número
de mulheres sofreram não só o trauma físico do estupro e da violência de gênero em
situações de guerra e de conflito, mas também a vergonha e o estigma que muitas vezes
carregam em silêncio. Autores desses crimes permanecem impunes e a impunidade está
na ordem do dia", acrescentou Valcárcel.
Este esforço de cooperação global
foi lançado em maio deste ano por organizações internacionais de defesa dos direitos
humanos, com a finalidade de exigir mudanças para evitar a violência baseada no gênero,
proteger os civis e as vítimas de estupro, e acabar com a impunidade.
Embora
o foco geográfico deverá expandir-se, a Campanha está concentrada na Birmânia, Colômbia,
República Democrática do Congo e no Quênia, porque representam os países onde a ação
imediata e coordenada é mais urgente. (BF)