2012-07-05 11:50:47

Bispos do Burundi saúdam 50 anos da independência do país


Bujumbura (RV) – “A independência nacional é um dom de Deus que nós devemos fazer frutificar”. Este é o sentido da mensagem dos Bispos de Burundi, lida em todas as igrejas domingo, 1º de julho, no 50o aniversário da independência do país.

A mensagem recorda que a Igreja contribuiu para difundir a ideia de independência, ensinando que todos os homens, negros e brancos, são iguais diante de Deus.

“A nomeação do primeiro bispo burundinês, Dom Michel Ntuyahaga, assim como a criação da Diocese, em 1959, foram um sinal de que havia chegado o momento para a independência de Burundi” – escrevem os Bispos. “Graças à independência - ressalta a mensagem - os burundineses receberam vários dons: os direitos de cidadania e de palavra no âmbito das nações; a autonomia política e administrativa; a liberdade organizativa no campo econômico e cultural. “Por outro lado – acrescentam os bispos – no momento em que damos graças a Deus, não podemos esconder o fato que sob certos aspectos, nos comportamos com um servidor que recebeu um talento, mas que o conservou sob a terra e não o fez frutificar”.

“Ao invés de fazer progredir a democracia e a economia nacional, nós burundineses nos dilaceramos, colocando como prioridades as etnias, o regionalismo, a proveniência social e as pertenças a partidos políticos” – escrevem os Bispos, referindo-se claramente às guerras civis que abalaram as primeiras décadas da independência. “As guerras que se sucederam trouxeram enormes destruições e a consequência, hoje, é que o país é um dos mais pobres do mundo” – destaca a mensagem.

Para sair desta situação, os bispos relevam a necessidade de reforçar a democracia (que não significa apenas eleições regulares, mas, sobretudo a possibilidade para todos os cidadãos de fazer ouvir sua voz) e relançar o desenvolvimento econômico.

“Como puderam ver, estamos ainda longe de produzir frutos do tesouro da independência que Deus nos deu. Existe ainda muito caminho a ser feito, mas não devemos nos desesperar; o importante é recomeçar e rumar na direção certa. Podemos sempre fazer frutificar, para Deus e para os burundineses, os tesouros que o Senhor nos confiou, se nos esforçarmos determinados em servir nosso país” – encerram os bispos.
(CM e Agência Fides)








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