2012-07-04 14:24:25

Campanha ecumênica contra o comércio de armas


Nova Iorque (RV) – Com um atraso de um dia, teve início a Conferência da Nações Unidas para o Tratado sobre o Comércio de Armas (Att, Arms Trade Treaty), na sede da instituição, em Nova Iorque.

A abertura foi feita pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. “No decorrer dos anos, fizemos progressos sobre a questão das armas de destruição em massa, mas a comunidade internacional está atrasada quando às armas convencionais”, declarou Ban Ki-moon, acrescentando que “as armas nucleares conquistam as manchetes, mas as armas convencionais matam todos os dias.

A abertura, que atrasou devido a uma controvérsia sobre a modalidade da participação palestina, elegeu o diplomata argentino Roberto Garcia Moritan como Presidente da Assembleia.

Este evento em Nova Iorque constitui uma etapa fundamental para alcançar um Tratado sobre o comércio de armas. Nas próximas semanas, até o dia 27, os representantes de 193 Estados negociarão um acordo fundamental para controlar o comércio de armas com regras claras e compartilhadas. A Santa Sé participa da Conferência com o status de observador.

A propósito, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) lidera uma campanha para que este novo Acordo proteja as personas e comunidades expostas a riscos pelo uso das armas.

A campanha envolve mais de 30 países. Alguns participantes provêm de países que se beneficiam com o comércio de armas, outros provêm de países que saem prejudicados e sofrem as consequências deste comércio.

Até agora, representantes da campanha se reuniram com mais de vinte governos da África, Ásia, Europa e Américas para estudar medidas que fortaleçam o Tratado e o torne mais eficaz.

A campanha ecumênica afirma que o acordo deve proibir a venda de armas onde existe “risco considerável” de sérias violações dos Direitos Humanos.

Igrejas radicadas em países com os maiores fabricantes de armas, como Estados Unidos, Suécia e Noruega aderiram à campanha ao lado das igrejas radicadas em países onde as mesmas armas alimentam conflitos e violência, como República Democrática do Congo, Uganda e Serra Leoa.

Mais de cem líderes religiosos – cristãos, muçulmanos, judeus – assinaram uma declaração inter-religiosa de apoio ao Tratado de Regulamentação do Comércio de Armas.

(BF)







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